PF Desvenda Mega Fraude de R$ 50 Milhões no FUNDEB: Maranhão e Piauí no Centro do Escândalo
PF apura desvio de R$ 50 mi do FUNDEB no MA e PI

Eis que a Polícia Federal resolveu dar uma geral num rolo que, se fosse ficção, ninguém acreditaria. A coisa é séria, daquelas que dão calafrio: R$ 50 milhões sumiram do FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. Sim, você leu certo – o dinheiro que deveria estar construindo escolas, pagando professores e comprando merenda simplesmente evaporou.

E adivinha onde a casa caiu? Nos estados do Maranhão e Piauí, que agora estão no olho do furacão de uma operação batizada de «Escola Sem Portas». O nome é quase irônico, porque parece que o problema foi justamente portas – e janelas – demais para o dinheiro escapar.

Como o esquema funcionava? Uma aula de malandragem

Segundo a PF, a bandalheira era sofisticada, mas não genial. Os investigados – e já tem gente com nome, RG e endereço na mira – usavam uma rede de «fachadas educacionais».

  • Empresas de fachada recebiam valores altíssimos por serviços que ou não existiam ou eram superfaturados de cara dura.
  • Notas fiscais frias, licitações combinadas e até simulações de prestação de serviço faziam parte do roteiro.
  • O dinheiro, então, seguia um caminho obscuro: sumia em contas, voltava como propina ou financiava vida luxuosa para os envolvidos.

Não foi coisa de um dia não. A fraude rolou por anos, discretamente, enquanto escolas públicas seguiam precisando de tudo – desde giz até estrutura decente.

Operação em andamento: buscas, apreensões e o clima de tensão

Nesta terça-feira (20), a PF tá com o pé na porta. Mandados de busca e apreensão tão sendo cumpridos em São Luís (MA) e Teresina (PI). Computadores, documentos, celulares e qualquer coisa que possa servir de prova tá sendo coletado.

Até agora, a PF não divulgou nomes – a investigação ainda corre em sigilo. Mas já adiantaram: tem gente importante na linha de tiro. Servidores públicos, gestores, empresários... uma rede que mistura poder público e interesse privado, como de praxe nesse tipo de maracutaia.

E olha, o estrago é colossal. Cinquenta milhões não é pouco – é verba que faz falta em dezenas de municípios, afetando diretamente o futuro de milhares de alunos. Enquanto isso, os envolvidos devem estar suando frio. E com razão.

Resta saber se essa operação vai ficar só na apreensão de papelada ou se, finalmente, alguém vai ser responsabilizado de verdade. Porque no Brasil, a gente sabe, às vezes o crime vira só notícia – e a conta, como sempre, sobra para o contribuinte.