PF cumpre mandados contra deputado Antônio Doido e acha celulares na grama
PF acha celulares na grama em ação contra deputado Antônio Doido

Em uma operação deflagrada nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em investigação sobre desvio de recursos públicos no estado do Pará. A ação, que teve alvos também no Distrito Federal, mira um suposto esquema criminoso envolvendo fraudes em licitações.

Celulares atirados pela janela

Um dos momentos mais emblemáticos da operação ocorreu em Brasília. Ao chegar ao apartamento funcional do deputado federal Antônio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido, os policiais federais se depararam com uma cena inusitada: dois celulares jogados na grama do local.

De acordo com informações dos investigadores, os aparelhos foram atirados pela janela do imóvel, possivelmente numa tentativa de descarte de provas antes da entrada dos agentes. O parlamentar é um dos investigados na ação.

Escopo da operação e crimes investigados

A operação desta terça-feira cumpriu um total de 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As diligências foram realizadas tanto no Pará quanto no Distrito Federal.

O foco da investigação é um grupo suspeito de desviar verbas públicas por meio de fraudes em processos licitatórios. O dinheiro desviado teria sido utilizado, segundo a PF, para o pagamento de vantagens indevidas e para a ocultação de patrimônio.

A Polícia Federal listou uma série de crimes que estão sendo apurados no inquérito. Entre eles estão:

  • Corrupção eleitoral
  • Corrupção ativa e passiva
  • Crimes licitatórios
  • Lavagem de dinheiro
  • Organização criminosa

Desdobramentos e próximos passos

A ação representa mais um capítulo no combate à corrupção envolvendo agentes públicos e recursos federais. A descoberta dos celulares na grama pode se tornar uma peça-chave para os investigadores, que agora vão analisar o conteúdo dos aparelhos em busca de evidências.

Com os mandados cumpridos, a PF inicia a fase de análise do material apreendido, que poderá levar a novas diligências e, potencialmente, a pedidos de prisão ou outras medidas cautelares contra os investigados. O caso segue sob sigilo judicial, mas deve ter novos desdobramentos nas próximas semanas.