Escândalo no Tocantins: Governador afastado e primeira-dama usavam jato oficial para turismo com dinheiro público
Governador usava jato oficial para turismo com dinheiro público

Um escândalo de grandes proporções abala o cenário político do Tocantins. Investigações do Ministério Público Estadual revelam que o governador afastado Mauro Carlesse (UB) e a primeira-dama, Graciele Carlesse, utilizavam regularmente uma aeronave oficial para viagens de turismo e lazer, com todas as despesas custeadas pelo erário público.

Luxo e ostentação às custas do contribuinte

Documentos e registros obtidos pela força-tarefa demonstram um padrão alarmante de uso indevido do jatinho Hawker 750, pertencente ao governo estadual. As viagens particulares da família Carlesse incluíam destinos turísticos como Caldas Novas (GO) e a paradisíaca Ilha de Mosqueiro, no Pará.

Os valores são chocantes: apenas em diárias de hospedagem, foram gastos aproximadamente R$ 25 mil em resorts de luxo. A situação se torna ainda mais grave quando se considera que essas viagens ocorreram enquanto o governador já estava afastado do cargo por decisão judicial.

Operação desvendou esquema milionário

A Operação Asas do Poder, deflagrada pelo MP-TO, identificou pelo menos 15 voos realizados entre 2021 e 2022 com indícios claros de uso particular. As investigações apontam que o casal não poupava recursos públicos nem mesmo em suas férias familiares.

Entre as evidências coletadas pelos promotores estão:

  • Registros de hospedagem em hotéis de luxo
  • Comprovantes de pagamento com cartão corporativo
  • Relatórios de voo com destinos turísticos
  • Testemunhos de funcionários públicos

Defesa do governador e consequências

A defesa de Mauro Carlesse alega que todas as viagens tinham caráter oficial e que o governador mantinha agenda de trabalho mesmo durante os deslocamentos. No entanto, as provas colhidas pelo MP contradizem essa versão.

O caso já repercute nacionalmente e pode ter sérias consequências políticas e jurídicas para o governador afastado, que responde a outros processos por improbidade administrativa.

Esta investigação representa mais um capítulo na luta contra o uso privado de bens públicos e reforça a importância do controle social sobre os gastos governamentais.