A Polícia Federal desmantelou na semana passada um sofisticado esquema de corrupção que desviou milhões de reais do Ministério da Educação. Entre os alvos da operação estão pessoas diretamente ligadas ao círculo familiar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Núcleo central da operação fraudulenta
De acordo com as investigações, Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Lula, e Kalil Bittar, ex-sócio e amigo de Lulinha nos tempos da Gamecorp, formavam o núcleo central da trama criminosa. A dupla era responsável por abrir portas e facilitar articulações dentro do governo petista.
Os investigadores descobriram que o esquema atuava principalmente no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, um programa bilionário que repassa verbas para projetos de prefeituras em todo o país.
Empresário preso e luxo com dinheiro público
O pivô das investigações é o empresário André Gonçalves Mariano, proprietário da Life Tecnologia Educacional, que foi preso pela Polícia Federal. Mariano é acusado de pagar propinas em troca de favorecimento em contratos públicos.
Segundo a PF, os negócios de Mariano com prefeituras ligadas ao esquema renderam mais de 100 milhões de reais. O dinheiro arrecadado através de contratos superfaturados e licitações fraudulentas era lavado por meio de doleiros que organizavam o pagamento de propinas aos integrantes do grupo criminoso.
As investigações revelaram que a fortuna de Mariano decolou exatamente com a chegada de Lula à Presidência. Nos dois primeiros anos do mandato petista, seus negócios saltaram de 300.000 reais para milhões, bancando um estilo de vida luxuoso com apartamento e carros de alto padrão em São Paulo.
Silêncio do Planalto
Documentos obtidos via Lei de Acesso à Informação comprovam que a ex-nora de Lula usou o nome do presidente para entrar no MEC em 2024. Os registros indicam que a reunião seria no gabinete do ministro Camilo Santana, mas a visita não consta na agenda oficial do titular da pasta.
Quase uma semana após a ação policial, o presidente Lula mantém completo silêncio sobre o escândalo que envolve pessoas próximas ao seu núcleo familiar. O ministro Camilo Santana, responsável pela pasta da Educação, também não se manifestou sobre o caso.
Os envolvidos podem responder por crimes de:
- Corrupção
- Peculato
- Fraude em licitação
- Lavagem de dinheiro
- Contratação irregular
- Organização criminosa
A operação da Polícia Federal ocorreu enquanto Lula cumpria agenda internacional na Itália, em 13 de outubro de 2025, mas as investigações já estavam em andamento há meses, acompanhando a escalada dos negócios do grupo criminoso.