Um escândalo de corrupção abalou o sistema educacional do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (27), quando dois funcionários de uma escola municipal foram flagrados desviando alimentos destinados à merenda escolar.
Operação da Polícia Civil
A Polícia Civil realizou uma operação de inteligência após receber denúncias anônimas sobre o desvio regular de produtos alimentícios na Escola Municipal Professor Augusto Paulino, localizada no bairro do Rio Comprido, zona norte da capital fluminense.
De acordo com as investigações, os suspeitos - um auxiliar de serviços gerais e um funcionário do setor de alimentação - estavam há meses desviando parte dos alimentos que chegavam à unidade escolar. Os produtos eram retirados antes mesmo de serem incorporados ao estoque oficial da escola.
Como Funcionava o Esquema
O modus operandi dos investigados incluía:
- Interceptação de entregas de mercadorias antes do registro oficial
- Alteração de quantidades nos recibos de entrega
- Desvio de produtos perecíveis e não perecíveis
- Repasse dos alimentos para terceiros fora do ambiente escolar
Flagrante e Prisões
Os dois funcionários foram surpreendidos pela polícia durante a ação de desvio. No momento da abordagem, os agentes encontraram com os suspeitos diversos alimentos que seriam incorporados ilegalmente ao esquema.
Os dois homens foram presos em flagrante e encaminhados para a delegacia, onde responderão pelos crimes de peculato e desvio de bens públicos. A pena para esses crimes pode chegar a 12 anos de prisão.
Impacto na Comunidade Escolar
O desvio de merenda escolar representa um duplo crime: contra o patrimônio público e contra o direito fundamental das crianças à alimentação adequada. Muitos estudantes dependem da merenda escolar como principal refeição do dia.
A Secretaria Municipal de Educação foi notificada sobre o caso e já iniciou processo administrativo para apurar responsabilidades e tomar as providências cabíveis. A pasta garantiu que o fornecimento de merenda não será afetado na unidade.
Este caso reacende o debate sobre a necessidade de maior controle e transparência na gestão dos recursos destinados à educação pública, especialmente em um momento de tantos desafios para o setor.