Um novo escândalo envolvendo o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, veio à tona. Investigações revelam que uma empresa contratada para fornecer equipamentos de proteção durante a pandemia da COVID-19 pagou comissões milionárias a uma consultoria ligada a um aliado político.
Segundo documentos obtidos pelo G1, os repasses totalizaram R$ 3,7 milhões, levantando suspeitas de favorecimento e irregularidades no processo de contratação.
Detalhes da operação
A empresa em questão foi contratada pela prefeitura do Rio em 2020, no auge da crise sanitária, para fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) a profissionais de saúde. O contrato, que somava milhões de reais, foi alvo de questionamentos desde o início.
Os pagamentos às consultorias foram feitos em parcelas ao longo de vários meses, conforme apurou a reportagem. O valor corresponde a cerca de 10% do total do contrato, o que especialistas consideram um percentual suspeitamente alto para comissões.
Repercussão política
O caso já começa a ter fortes repercussões no cenário político carioca. Opositores de Crivella afirmam que esta é mais uma evidência de má gestão durante seu mandato.
Enquanto isso, a defesa do ex-prefeito alega que todos os processos foram conduzidos dentro da legalidade e que não houve qualquer irregularidade nas contratações realizadas durante a emergência sanitária.
O Ministério Público já manifestou interesse em investigar o caso mais a fundo, especialmente após as novas revelações sobre o destino dos recursos públicos.
