Desvio de R$ 12 milhões da saúde: 4 presos na Operação USG
Desvio de R$ 12 milhões da saúde: 4 presos

Operação USG desmantela esquema milionário de desvios na saúde pública

A Polícia Civil da Bahia deflagrou na terça-feira (18) a Operação USG, que resultou na prisão de nove pessoas nos estados da Bahia e Piauí, sendo quatro delas no Piauí, por envolvimento em um esquema de desvio de aproximadamente R$ 12 milhões dos cofres públicos da saúde.

Prisões e medidas cautelares no Piauí

No estado do Piauí, os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Corrente e Bom Jesus. Em Corrente, um dentista foi preso e uma médica passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. Ambos tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos, e a polícia apreendeu um notebook e um celular durante as ações.

Já em Bom Jesus, as autoridades prenderam um médico e uma secretária. Todos os quatro detidos no Piauí aguardam audiência de custódia enquanto as investigações prosseguem.

Esquema de desvio milionário

As investigações revelaram que o esquema criminoso desviava recursos da saúde de Formosa do Rio Preto, município baiano com aproximadamente 26 mil habitantes. Segundo a polícia, os investigados incluíam ex-secretários municipais de Saúde, empresários do setor médico e um vereador.

O modus operandi consistia em superfaturar serviços médicos que nunca eram realizados. Entre as irregularidades identificadas estão:

  • Lançamento de exames incompatíveis com a realidade do município
  • Plantões médicos fictícios
  • Listas de pacientes com dados inconsistentes
  • Emissão de notas fiscais para mascarar atendimentos inexistentes

Os ex-secretários municipais de Saúde contavam com o apoio de empresários e médicos para controlar contratos com clínicas, criando uma rede organizada de desvio de verbas públicas.

Alcance da operação policial

A Operação USG representa um duro golpe contra a corrupção na saúde pública na região. Além das nove prisões efetuadas, as investigações continuam para apurar a totalidade do prejuízo causado aos cofres públicos e identificar outros possíveis envolvidos.

O caso evidencia a necessidade de maior controle e transparência na aplicação dos recursos destinados à saúde, setor essencial para a população que sofre diretamente com esse tipo de criminalidade.