
O dia amanheceu com o estrondo dos mísseis — um som que, infelizmente, os ucranianos já conhecem bem demais. Dessa vez, porém, a ferida foi mais profunda. Pelo menos três vidas foram ceifadas de forma brutal e outras 34 pessoas tiveram seus corpos marcados pela violência inexplicável de mais uma investida das forças russas.
Não foram alvos militares. Longe disso. Os projéteis teleguiados, daqueles que não perdoam, atingiram o coração de áreas residenciais e comerciais. A cena, descrita por testemunhas, é de puro caos: prédios reduzidos a escombros, carros virados como brinquedos e o silêncio pesado que só vem depois do terror.
O Preço Humano de uma Guerra Sem Fim
Entre os mortos, uma mulher que estava apenas indo ao mercado. Sim, algo tão simples. E um idoso que, imagino, já tinha vivido guerras demais. Os feridos? Trinta e quatro almas tentando se recompor em hospitais superlotados, muitos em estado gravíssimo — médicos trabalham contra o tempo, sem insumos, sem paz.
“É um milagre que não tenhamos mais mortos”, disse um socorrista, com a voz embargada pela fadiga e pela raiva. A defesa aérea ucraniana até tentou, abateu alguns drones, mas a verdade é que contra uma chuva de aço, pouco se pode fazer.
O Que Isso Significa?
Analistas — esses caras que sempre tentam dar um sentido ao insensato — veem nisso uma escalada deliberada. A Rússia não quer apenas território; quer desmoralizar, quebrar o espírito de um povo que se recusa a se curvar. E olha, é difícil manter a esperança quando sua cidade vira um alvo.
Zelensky, mais uma vez, pediu ajuda internacional. Mais armas, mais sanções. Mas será que o mundo ainda está ouvindo? Ou a guerra na Ucrânia já virou apenas mais um conflito distante no noticiário?
Enquanto isso, a vida — ou o que restou dela — segue nos porões e estações de metrô transformadas em abrigos. Crianças que desenham bombas em vez de flores. Um futuro incerto, roubado a cada explosão.
O que vem pela frente? Ninguém sabe ao certo. Mas uma coisa é clara: a noite na Ucrânia será longa, e o amanhecer, incerto.