Sudão: Milícia RSF aceita proposta dos EUA para cessar-fogo após três anos de guerra civil
Sudão: Milícia aceita cessar-fogo proposto pelos EUA

Um acordo histórico pode estar prestes a mudar os rumos do Sudão, país assolado por uma guerra civil que completa três anos com um saldo trágico de milhares de mortos e milhões de deslocados.

As Rapid Support Forces (RSF), principal grupo miliciano em conflito com o governo sudanês, aceitaram uma proposta de cessar-fogo mediada pelos Estados Unidos. A informação foi confirmada por fontes próximas às negociações nesta quarta-feira.

Mediação internacional em jogo

O plano americano surge como uma tentativa de frear a violência que transformou o Sudão em um dos cenários humanitários mais críticos do mundo. Segundo analistas internacionais, a disposição das RSF em negociar representa um avanço significativo após meses de impasse nas conversações de paz.

"Esta é a abertura mais concreta que vimos nos últimos doze meses", comentou um diplomata que acompanha as negociações, sob condição de anonimato.

O longo conflito sudanês

A guerra civil sudanesa começou em abril de 2021 e desde então:

  • Mais de 15 mil pessoas perderam a vida
  • 8 milhões foram forçadas a deixar suas casas
  • A infraestrutura do país foi severamente danificada
  • Serviços básicos como saúde e educação entraram em colapso

O conflito opõe principalmente as Forças Armadas sudanesas às Rapid Support Forces, um grupo paramilitar que já foi integrado ao estado, mas que se tornou uma força independente e beligerante.

Próximos passos

Com a aceitação inicial das RSF, espera-se que:

  1. O governo sudanês se manifeste sobre a proposta americana
  2. Sejam estabelecidas garantias para o cumprimento do cessar-fogo
  3. Comecem as discussões sobre acordos políticos de longo prazo
  4. Sejam abertos corredores humanitários para assistência à população

Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com esperança cautelosa os desenvolvimentos, consciente de que acordos anteriores fracassaram em conter a violência. A população sudanesa aguarda por um alívio que já deveria ter chegado há muito tempo.