Polônia reforça fronteira com 10.000 soldados após ataque
O governo da Polônia anunciou nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2025, a mobilização de 10.000 soldados para proteger infraestruturas críticas do país. A decisão foi tomada pelo ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, após explosões ocorridas no último final de semana em uma linha de trem utilizada para transporte de ajuda humanitária à Ucrânia.
Ataque russo causa mortes na Ucrânia
Enquanto a Polônia se prepara para reforçar sua segurança, a Rússia desencadeou uma nova onda de ataques contra a Ucrânia. Nesta quarta-feira, 518 drones e mísseis foram lançados, resultando em pelo menos 19 mortos e dezenas de feridos.
As vítimas fatais concentraram-se na cidade de Ternopil, onde outras 66 pessoas ficaram feridas, incluindo 16 crianças. O Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia confirmou através do Telegram que um prédio residencial de vários andares foi gravemente danificado durante os ataques.
Medidas de segurança na fronteira
A Polônia, que compartilha fronteira com a Ucrânia, tomou medidas imediatas para proteger seu território. Os aeroportos de Rzeszów e Lublin foram fechados temporariamente, enquanto comandantes militares poloneses mobilizaram caças de combate.
A tensão também atingiu a Romênia, que colocou seus caças F-16 em alerta máximo. A medida preventiva ocorreu após instalações de empresas polonesas localizadas na Ucrânia serem atingidas pelos disparos russos.
Investigação aponta responsabilidade russa
Jacek Dobrzyński, porta-voz do Ministério da Segurança da Polônia, afirmou na terça-feira que "tudo indica" que os serviços de inteligência da Rússia estão por trás das explosões na linha férrea. O incidente foi classificado como um "ataque terrorista" originado por "serviços especiais do Leste".
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, informou ao Parlamento que dois principais suspeitos dos atentados foram identificados. Ambos são cidadãos ucranianos que cruzaram a fronteira de Belarus para a Polônia há poucos meses, e acredita-se que estivessem colaborando com os serviços de inteligência russos.
Varsóvia afirma ter se tornado um alvo prioritário para Moscou devido ao seu papel crucial como centro de distribuição de ajuda humanitária para Kiev. Este não é o primeiro incidente do tipo - em setembro, a Polônia já havia sido alvo de uma grande incursão de drones russos.
Em outubro, autoridades polonesas e romenas prenderam oito pessoas suspeitas de planejar sabotagens a mando da Rússia em ambos os países. O Kremlin, por sua vez, nega veementemente qualquer responsabilidade por esses ataques.