
O silêncio da noite em Gaza foi mais uma vez dilacerado. Desta vez, o estrondo veio de um campo de deslocados — sim, um lugar onde pessoas já sem teto buscavam refúgio. Pelo menos 26 vidas foram ceifadas num piscar de olhos. Um daqueles números que, francamente, nunca consegue capturar a dimensão real da tragédia.
Segundo fontes médicas no local — aqueles heróis anônimos trabalhando com quase nada —, o ataque aconteceu na área de Al-Mawasi, perto de Khan Younis. Uma região que supostamente seria... segura. O que é seguro numa guerra dessas, né? Dezenas de feridos, alguns em estado gravíssimo, lotam hospitais que já operavam no limite absoluto há meses.
E olha, o Exército israelense — como de costume — justificou a ação alegando que havia "elementos terroristas" no local. Mas sabe como é: numa guerra assim, a verdade sempre tem várias versões, e a civilidade é a primeira a morrer. A imprensa local, que vive sob os escombros, reporta cenas de caos total. Famílias inteiras dizimadas enquanto tentavam, ironicamente, escapar dos anteriores conflitos.
Ah, e não para por aí. Paralelamente, outro bombardeio na mesma noite atingiu uma casa — sim, uma simples casa — na cidade de Gaza. Sete mortos. Todos de uma mesma família. Uma daquelas histórias que a gente lê e espera nunca viver.
O conflito, que já se arrasta por longos nove meses — nove meses! —, continua escalando sem piedade. De um lado, Israel afirma combater o Hamas; do outro, a população civil paga o preço mais alto. E o mundo? O mundo assiste, quase anestesiado, a mais um capítulo dessa guerra interminável. Quando é que a comunidade internacional vai deixar de ser espectadora e virar protagonista da paz?
Enquanto isso, o balanço total — aquela conta macabra que ninguém quer fazer — já ultrapassa 38 mil mortos palestinos. Trinta e oito mil. Tente imaginar. E mais de 87 mil feridos. Números que doem na alma, mas que para muitos se tornaram apenas estatísticas distantes.