O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou apoio a um plano de paz para Gaza nesta terça-feira (25), enquanto Israel recebia os restos mortais de um dos últimos reféns mantidos no território palestino. O gesto ocorre dentro do acordo de cessar-fogo estabelecido entre as partes.
Entrega dos restos mortais
De acordo com informações do gabinete de Netanyahu, o caixão com os restos do refém foi entregue pela Cruz Vermelha ao Exército israelense e ao serviço de segurança interna Shin Bet. O corpo será transportado para Israel, onde passará por uma cerimônia militar organizada pelo governo.
Esta devolução faz parte do acordo de trégua firmado entre Israel e o grupo Hamas, que está em vigor desde o dia 10 de outubro. Desde que o cessar-fogo começou, o Hamas já libertou 20 reféns que estavam vivos e assumiu o compromisso de devolver os corpos de 28 pessoas que morreram durante o cativeiro.
Contexto do acordo
Antes da entrega realizada nesta terça-feira, tanto o Hamas quanto a Jihad Islâmica haviam anunciado que devolveriam os restos de um refém. De acordo com o braço armado da Jihad Islâmica, o corpo foi localizado na segunda-feira (24), durante operações de busca realizadas no centro da Faixa de Gaza.
Uma fonte do grupo, que preferiu manter o anonimato, confirmou que os restos mortais pertenciam a um dos três reféns que ainda permaneciam sob custódia das facções palestinas. Esta informação reforça a complexidade das negociações e a situação delicada dos prisioneiros na região.
Desdobramentos políticos
Enquanto ocorria a entrega dos restos mortais, Netanyahu fez declarações sobre um plano de paz para Gaza, porém sem fazer qualquer menção à criação de um Estado palestino. A abordagem do primeiro-ministro israelense demonstra as nuances políticas que envolvem o processo de paz na região.
O acordo de cessar-fogo representa um momento significativo no conflito entre Israel e Hamas, permitindo não apenas a libertação de reféns, mas também a devolução dos corpos daqueles que não sobreviveram ao cativeiro. Esta ação humanitária conta com a mediação da Cruz Vermelha, que atua como intermediária neutra no processo.