
O panorama no conflito entre Israel e Hamas sofreu uma guinada dramática nas últimas horas. E não, não é exagero dizer que a situação escalou para patamares críticos. As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram oficialmente o estabelecimento de controle operacional sobre os pontos de acesso à Faixa de Gaza. Sim, leram bem: controle total.
Isso significa, na prática, que o cerco se fechou. A tão aguardada — e temida — fase terrestre da operação foi deflagrada. Um porta-voz militar israelense, em tom grave, confirmou que as tropas já estão em solo gazense, "expandindo significativamente" suas operações. A noite de sexta-feira foi marcada por uma intensificação absurda dos bombardeios. Os céus de Gaza não pararam de rugir.
O Que Significa Essa "Fase 2"?
Bem, a pergunta que todo mundo se faz. A tal "fase dois" da ofensiva vai muito além de um mero avanço tático. Representa uma mudança de paradigma na estratégia israelense. O objetivo declarado? Nada menos que desmantelar por completo a infraestrutura militar do Hamas e, claro, garantir a libertação dos mais de 200 reféns mantidos em cativeiro. Uma missão de complexidade monstruosa.
E os números são assustadores. Fontes do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, reportam mais de 7.700 mortes desde o início dos confrontos. Um custo humano simplesmente devastador. Do outro lado, Israel vive um luto profundo pelos 1.400 mortos no ataque surpresa de 7 de outubro. A cicatriz é recente e sangra muito.
O Cenário no Terreno: Cerco, Cortes e Caos
A vida em Gaza tornou-se um pesadelo logístico. As comunicações foram severamente afetadas — internet e telefonia praticamente inexistentes. Um blecaute informativo que gera pânico e desinformação. A escuridão é literal e figurativa.
A comunidade internacional, é claro, reage com crescente apreensão. A ONU já classificou a situação humanitária como "catastrófica". Há apelos urgentes por corredores humanitários e, acima de tudo, por uma pausa nos combates. Mas a realidade no terreno parece ignorar a diplomacia. Os tanques já rolam pelas areias de Gaza.
O que esperar dos próximos dias? Honestamente, é difícil prever. Conflitos assim são imprevisíveis por natureza. Mas uma coisa é certa: a região mergulhou em uma de suas crises mais sombrias em décadas. O mundo segura a respiração.