As forças militares de Israel realizaram um ataque aéreo neste domingo (23) contra um militante do grupo libanês Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute, capital do Líbano. O alvo da operação seria o chefe de Estado-Maior da organização, conforme confirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Detalhes do ataque em Beirute
O ataque atingiu uma das principais vias dos subúrbios do sul de Beirute, causando pânico entre a população local. Moradores relataram à Reuters ter ouvido o rugido de aviões de guerra momentos antes da explosão. Testemunhas disseram que pessoas correram de seus prédios com medo de novos ataques.
Fontes médicas locais confirmaram que pelo menos duas dezenas de pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da região. Até o momento, não há confirmação oficial sobre se o dirigente do Hezbollah foi atingido no ataque.
Reações internacionais e posicionamento de Israel
Um alto funcionário do governo dos Estados Unidos revelou que Israel não comunicou previamente Washington sobre o ataque em Beirute. Segundo a fonte, os americanos só foram informados imediatamente após a conclusão da operação.
O primeiro-ministro israelense havia se manifestado antes do ataque, afirmando a seu gabinete que Israel continuaria combatendo o "terrorismo" em várias frentes. "Continuaremos a fazer tudo o que for necessário para impedir que o Hezbollah restabeleça sua capacidade de nos ameaçar", declarou Netanyahu.
Contexto do conflito na fronteira
Desde novembro, Israel intensificou os ataques aéreos no sul do Líbano, dando continuidade a uma campanha de ataques quase diários. O governo israelense justifica as ações como necessárias para impedir o ressurgimento militar do Hezbollah na região da fronteira.
Israel acusa o Hezbollah de tentar se rearmar desde o cessar-fogo apoiado pelos EUA no ano passado. Por outro lado, o grupo libanês afirma ter cumprido as exigências para encerrar sua presença militar na região fronteiriça próxima a Israel.
O ataque deste domingo ocorre após três dias de cessar-fogo na região, marcando nova escalada nas tensões entre Israel e o Hezbollah. Nem o Hezbollah nem o Ministério da Saúde do Líbano emitiram comentários imediatos sobre o incidente.
