
O Líbano virou um barril de pólvora — e o pavio está curto. Depois de semanas de troca de foguetes entre o Hezbollah e Israel, a milícia xiita soltou a bomba: ameaçou transformar o país numa arena de guerra civil se a comunidade internacional não intervir. Não é brincadeira. A situação tá feia, e o mundo tá de olho.
O jogo de xadrez sangrento
Enquanto Gaza queima, o norte de Israel leva chumbo grosso — e o Líbano, ah, o pobre Líbano, virou moeda de troca nesse cabo de guerra geopolítico. O Hezbollah, que já mete o bedelho na política libanesa há décadas, agora joga gasolina na fogueira com discursos inflamados. "Ou nos apoiam, ou afundamos o país", parece ser o recado.
E não é bluff. Nas últimas 72 horas:
- Foguetes cruzaram a fronteira como vaga-lumes assassinos
- Vilas fantasmas — esvaziadas pelo pânico — viraram cenário de filme de terror
- O exército libanês (aquele que mal consegue manter a luz acesa) tá entre a cruz e a espada
O que dizem os analistas?
"É a tempestade perfeita", resmunga um especialista em café requentado da Al Jazeera. De um lado, Israel não pode — nem vai — engolir ataques diários. Do outro, o Hezbollah precisa mostrar serviço pra manter a relevância. No meio? Civis que só querem saber de pão, luz elétrica e paz (nessa ordem).
E os EUA? Tão fazendo cara de paisagem. Enquanto isso, a Rússia esfrega as mãos — sempre tem um peixe pra fritar nessas águas turbulentas.
O Líbano pode explodir (de novo)
Lembra dos anos 80? Pois é, os velhos de guerra tão tendo déjà vu. A diferença é que agora:
- A economia libanesa tá mais frágil que vidro soprado
- O governo — se é que podemos chamar assim — não controla nem o cafezinho da repartição
- O Hezbollah tem mais foguetes que o Exército tem balas de borracha
"Mas por que agora?", você me pergunta. Bom, parece que o timing não é acidente. Com os holofotes em Gaza, criar outra frente de conflito pode ser jogada calculada. Só que, nesse xadrez, os peões são famílias inteiras que mal sabem onde fica Tel Aviv no mapa.
E aí? Vamos ver mais um capítulo dessa novela trágica? O episódio de amanhã promete — se é que podemos usar "promete" pra algo tão sombrio.