EUA e Rússia negociam plano secreto de paz para Ucrânia
EUA e Rússia discutem plano secreto para Ucrânia

Um portal de notícias norte-americano revelou que Estados Unidos e Rússia estão envolvidos em discussões secretas para elaborar um plano de paz que possa encerrar o conflito na Ucrânia. As informações, publicadas originalmente em 19 de novembro de 2025, indicam que as negociações acontecem longe dos holofotes da imprensa internacional.

Os detalhes do plano secreto

Segundo fontes consultadas pelo veículo americano, o plano abrange três pilares principais: garantias de segurança para a Ucrânia, a segurança geral na Europa e o futuro das relações entre Washington e Moscou. As discussões teriam avançado significativamente, embora permaneçam confidenciais.

O professor de política internacional Paulo Velasco, entrevistado pela Record News, explicou que este tipo de negociação ocorre "à margem dos holofotes e sem a pressão da imprensa", caracterizando-se como tentativas de "desatar alguns nós" do complicado conflito.

As preocupações russas

Entre os pontos mais sensíveis da discussão está a oposição da Rússia à presença de tropas estrangeiras em território ucraniano. Moscou demonstra particular preocupação com o possível rearmamento da Ucrânia durante um eventual cessar-fogo.

"Moscou não quer que se dê armas à Ucrânia enquanto houver um cessar-fogo para que o país não se rearme e não possa voltar de forma mais contundente a travar uma guerra contra a Rússia", afirmou Velasco durante a entrevista.

Os impasses territoriais

O controle territorial continua sendo o principal obstáculo para qualquer acordo de paz. O professor destacou que a Rússia não aceita devolver a Crimeia e as províncias anexadas em 2022, criando um impasse fundamental nas negociações com Kiev.

"A Rússia não aceita devolver a Crimeia, as províncias anexadas em 2022. Então vemos que há alguns pontos abertos. Talvez, em paralelo, consigam se desatar alguns e depois um acordo mais maduro pode ser levado para negociar diretamente com a Ucrânia", analisou o especialista.

Apesar das discussões em andamento, Velasco expressou ceticismo sobre a real disposição russa em aceitar um acordo pelo fim do conflito no momento atual.

O silêncio do Kremlin

Questionado sobre as alegações de negociações secretas, o porta-voz do Kremlin preferiu não comentar o assunto diretamente. Em declaração breve, limitou-se a afirmar que "não havia nada de novo a informar" sobre as negociações de paz, mantendo o habitual tom evasivo do governo russo quando abordado sobre temas sensíveis.

As informações surgem em um momento crucial do conflito, sugerindo que canais diplomáticos paralelos permanecem ativos mesmo com as hostilidades em curso. A comunidade internacional acompanha com atenção qualquer sinal que possa indicar um caminho para o fim da guerra que já dura anos.