
Ah, o Donbas... Essa região que mais parece um personagem principal num romance geopolítico cheio de drama e tensão. Não é à toa que Putin anda tão obcecado por ela — mas, afinal, o que há de tão especial nesse pedaço de terra no leste ucraniano?
Imagine uma área industrial potente, cheia de carvão mineral e aço, com uma população que — vamos combinar — nunca se sentiu totalmente ucraniana. Pois é. O Donbas sempre foi um tanto... diferente. Culturalmente mais próximo da Rússia, linguisticamente dividido — uma mescla que, convenhamos, nunca facilitou as coisas.
Não é de hoje que a coisa esquenta
Desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, o Donbas entrou num estado de conflito quase permanente. Grupos separatistas, com aquele suporte mais do que suspeito de Moscou, declararam independência em Donetsk e Luhansk. E aí, meu amigo, a confusão tava armada.
Mas por que Putin insiste nessa região? Ah, onde já se viu... Segredos estratégicos:
- Recursos naturais: Carvão, metais, indústria pesada — uma mina de ouro (literalmente) para qualquer economia;
- Localização geopolítica: Uma ponte terrestre para a Crimeia, facilitando o controle russo sobre o Mar Negro;
- Narrativa histórica: Putin adora dizer que o Donbas é "terra russa" — e que, portanto, está só "recuperando" o que é seu.
Não é fantasia não. O cara realmente acredita nisso — ou, pelo menos, finque muito bem que acredita.
E a vida no Donbas?
Bem... complicada. Quem ficou por lá vive entre bombardeios, toques de recolher e uma economia que desmorona mais a cada dia. Quase 14 mil mortos desde 2014 — e o número só aumenta. Uma geração inteira crescendo entre ruínas e medo.
E agora, em 2025, a Rússia formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas — Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson — depois daqueles referendos, sabe como é, bem questionáveis. A comunidade internacional, claro, não engoliu. Ninguém reconhece a legalidade disso — mas Putin tá pouco se importando.
Parece jogo de poder, mas é pior: é jogo de vida real. Enquanto isso, a Ucrânia segue insistindo que vai recuperar cada centímetro — inclusive o Donbas. Zelensky não cansa de repetir: não há paz sem território completo.
E aí? Vai dar ruim? Vai piorar? Ninguém sabe. Mas uma coisa é certa: o Donbas virou símbolo de uma guerra que redefine não só a Ucrânia, mas a Europa inteira.