
O tabuleiro geopolítico está pegando fogo, e não é metáfora. Enquanto a Ucrânia recebe novos brinquedos bélicos do Ocidente — daqueles que deixam marcas profundas —, analistas militares começam a desenhar um cenário que tira o sono do Kremlin: um cessar-fogo temporário.
Parece contra intuitivo, né? Afinal, quem ganharia com uma trégua? Mas aí que mora o perigo para Moscou. Cada dia de respiro permite que as tropas ucranianas:
- Integrem sistemas de armas sofisticados (e letais) como os HIMARS
- Treinem soldados em novas táticas de combate
- Reorganizem linhas de defesa desgastadas
O jogo de xadrez de Putin
O presidente russo — aquele que adora aparecer montando em ursos sem camisa — está numa sinuca de mestre. Se permitir uma pausa, arrisca ver seu "especial military operation" virar um pesadelo logístico. Mas continuar o bombardeio incessante? Custa caro, e a Rússia já está com as reservas cambiais mais secas que o deserto do Saara.
"É como segurar um tigre pelo rabo", comenta um analista que prefere não se identificar. "Solte e ele te come, segure e ele te arrasta."
O fator ocidental
Enquanto isso, a OTAN faz chuva ou faz sol — literalmente. Sistemas de artilharia de longo alcance começam a chegar em Kiev num ritmo que deixaria qualquer general russo com insônia. E olha que nem falamos ainda dos treinamentos secretos em solo europeu...
O que vem por aí? Difícil prever. Mas uma coisa é certa: o inverno promete ser quente — e não por causa do aquecimento global.