Um ataque aéreo massivo realizado pela Rússia nesta quarta-feira (19) contra o oeste da Ucrânia resultou em 20 mortos, incluindo duas crianças, e dezenas de feridos, segundo autoridades locais. O bombardeio utilizou mais de 500 drones e mísseis, tornando-se um dos mais letais na região ocidental do país desde o início do conflito.
Destruição em área considerada segura
A cidade de Ternopil, localizada em uma região relativamente tranquila do oeste ucraniano, foi o principal alvo do ataque ocorrido durante a madrugada. Muitos moradores do leste e sul do país haviam se mudado para esta área buscando escapar dos perigos da linha de frente.
Edifícios residenciais de nove andares foram atingidos, causando incêndios e destruição significativa. Testemunhas relataram que pode haver pessoas presas sob os escombros enquanto equipes de resgate trabalham no local.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou-se através das redes sociais: "Cada ataque descarado contra a vida cotidiana mostra que a pressão sobre a Rússia [para parar a guerra] ainda é insuficiente".
Resposta militar e defesa ucraniana
O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que a Rússia lançou 476 drones de ataque e 48 mísseis em um "ataque combinado contra a infraestrutura crítica" do país. De acordo com a pasta, 483 dos 524 projéteis foram abatidos pelos sistemas de defesa ucranianos.
Zelensky confirmou que instalações de energia, transporte e infraestrutura civil foram danificadas pelo ataque russo. Além de Ternopil, outras regiões ucranianas foram alvejadas:
- Lviv (oeste)
- Ivano-Frankivsk (sudoeste)
- Mykolaiv (sul)
- Chercássi (centro)
- Kiev (norte)
- Chernigov (norte)
- Dnipro (centro-leste)
- Donetsk (sudeste)
Reação internacional e medidas de segurança
Países vizinhos e membros da OTAN mobilizaram suas forças aéreas como medida preventiva durante o ataque. A Polônia e a Romênia ativaram jatos de combate quando drones russos se aproximaram de seu espaço aéreo.
O Ministério da Defesa romeno informou que dois caças Eurofighter Typhoon e dois F-16 foram acionados após a invasão de um drone em seu território. Enquanto isso, a Polônia fechou dois aeroportos no leste do país para priorizar a ação preventiva de seus caças.
Do lado russo, o Ministério da Defesa afirmou que o ataque teve como alvo instalações energéticas e do complexo militar-industrial ucraniano, incluindo depósitos de drones de longo alcance, em retaliação a ataques de Kiev em território russo.