Ataque russo a Kiev deixa 2 mortos e 600 mil sem energia
Ataque russo causa mortes e apagão em Kiev

Um massivo ataque militar russo atingiu a Ucrânia neste sábado, 29 de novembro de 2025, causando mortes, feridos e um extenso apagão energético que afetou centenas de milhares de pessoas. A capital Kiev foi o principal alvo da ofensiva.

Consequências do ataque

De acordo com informações do governo ucraniano, duas pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas durante o ataque. O fornecimento de energia foi severamente comprometido, com mais de 600 mil residências ficando sem eletricidade em todo o país.

Em Kiev, a situação foi particularmente crítica, onde 500 mil pessoas permaneceram sem luz após estações de energia serem atingidas pelos mísseis e drones russos. O ministro da Energia confirmou que outras cinco regiões do país também registraram interrupções no fornecimento energético.

Escala da ofensiva

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que as forças comandadas por Vladimir Putin lançaram mais de 500 drones e 36 mísseis contra território ucraniano. O ministro de Relações Internacionais da Ucrânia denunciou que Moscou continua a "matar e destruir" enquanto o mundo discute planos de paz para o conflito.

Profissionais dos serviços de emergência trabalharam intensamente em um prédio residencial danificado durante o ataque com mísseis e drones contra Kiev, conforme registrado pelas imagens da Reuters.

Negociações de paz em meio à guerra

O ataque ocorre em um momento de tentativas de se chegar a um acordo de paz. A agência AFP teve acesso a um esboço de plano elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Segundo a proposta, a Ucrânia teria que ceder as regiões de Donetsk e Luhansk, que seriam "reconhecidas de fato como russas, inclusive pelos Estados Unidos". A mesma categoria seria aplicada à Crimeia, península ucraniana ilegalmente anexada pela Rússia em 2014.

Após a divulgação da tentativa de acordo, Putin reforçou sua posição de que a guerra só vai acabar quando as tropas de Kiev se retirarem do território reivindicado por Moscou. Durante viagem ao Quirguistão, o líder russo acusou Kiev de querer lutar "até o último ucraniano" e afirmou: "Se eles não abrirem mão, conquistaremos isso pela força das armas".

Para o governo ucraniano, que já descartou abrir mão das partes de Donbas que ainda controla, recompensar a Rússia por sua agressão está fora de questão. Enquanto isso, Trump, que havia se mostrado otimista com o plano anteriormente, voltou atrás e disse não haver um prazo para o fim da guerra.