Ataque em Cisjordânia deixa um morto e três feridos; terroristas são eliminados
Ataque na Cisjordânia: um morto e três feridos

Ataque violento no cruzamento de Gush Etzion

Um ataque violento ocorreu nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025, no cruzamento de Gush Etzion, na Cisjordânia, resultando em uma morte e três pessoas feridas. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), dois palestinos executaram um ataque combinado que começou com um atropelamento deliberado de pedestres.

Os agressores aceleraram seu veículo contra pessoas que atravessavam o local e, em seguida, um deles saiu do carro e começou a esfaquear vítimas. O paramédico israelense Elad Pas confirmou à emissora CC que Aharon Cohen, morador de 65 anos do assentamento de Kiryat Arba, faleceu devido a um "grave ferimento por arma branca".

Resposta imediata das forças israelenses

Os dois atacantes foram eliminados no local por soldados das FDI que responderam rapidamente à situação. Em comunicado oficial, o Exército israelense revelou que "diversos materiais explosivos foram encontrados no veículo usado pelos terroristas" e que especialistas em desativação de bombas da Polícia de Fronteira estavam neutralizando os artefatos.

Além da morte de Aharon Cohen, uma mulher ficou gravemente ferida e encontra-se em estado crítico. As condições das outras duas vítimas não foram divulgadas pelas autoridades.

Reações de grupos palestinos e contexto de violência

A Jihad Islâmica palestina elogiou o atentado, definindo-o como uma resposta aos crimes contínuos cometidos por colonos e pelo exército de ocupação. Embora não tenha assumido autoria direta, o grupo radical afirmou que o incidente reafirma "a determinação do nosso povo em confrontar as políticas de opressão".

O Hamas também se manifestou, classificando o ataque como "um resultado inevitável" da persistência de Israel em sua agressão contra o povo palestino, suas terras e locais sagrados.

Este episódio ocorre em meio a uma crescente onda de violência na região. Na semana passada, colonos israelenses queimaram um armazém palestino em Beit Lid como parte de uma série de ataques incendiários que também atingiram a aldeia beduína de Deir Sharaf e terras agrícolas no norte.

A violência tem afetado não apenas palestinos, mas também ativistas israelenses e voluntários estrangeiros que ajudavam agricultores na colheita de azeitonas. Em Burin, colonos atacaram trabalhadores e até um reservista das FDI que participava da safra.

Outros incidentes recentes na região

No sábado, 8 de novembro, homens mascarados espancaram palestinos, paramédicos voluntários, um fotógrafo da Reuters e um consultor de segurança com porretes. A violência já causou vítimas fatais entre palestinos, incluindo Aysam Mualla, de 13 anos, que inalou gás lacrimogêneo disparado pelas FDI durante a colheita de azeitonas próximo ao assentamento de Evyatar no mês passado.

Centenas de pessoas compareceram ao funeral do adolescente em Beita nesta terça-feira. As FDI emitiram comunicado sobre o episódio em Burin, afirmando que enviaram tropas para dispersar confrontos e prenderam vários civis israelenses.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, definiu os incidentes na Cisjordânia como "chocantes e graves" em publicação no X (antigo Twitter), culpando "um punhado de indivíduos violentos e perigosos". Ele condenou veementemente os ataques, afirmando que "essa violência contra civis e contra soldados das Forças de Defesa de Israel ultrapassa um limite intransponível".

O chefe do Comando Central das FDI, Avi Bluth, reforçou a preocupação, alertando que esses episódios "minam a estabilidade da situação de segurança" na região.