Líderes da Câmara têm 1ª reunião tensa após prisão de Bolsonaro
Reunião tensa na Câmara após prisão de Bolsonaro

O clima na Câmara dos Deputados promete ficar bastante acirrado nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, durante a primeira reunião de líderes realizada após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo informações exclusivas, o presidente da Casa, Hugo Motta, deve enfrentar fortes pressões tanto da base governista quanto da oposição.

Cenário de tensão política

Um aliado próximo do paraibano adiantou que "não vai faltar emoção" no encontro. A situação se torna ainda mais delicada porque Motta vive atualmente uma guerra fria com o governo Lula, criando um ambiente propício para confrontos entre os dois blocos políticos.

Os oposicionistas avaliam que este é o momento ideal para pressionar o chefe do Legislativo a colocar em pauta o PL da Anistia. Eles acreditam que, com a crise entre Motta e a gestão petista, o parlamentar não teria a mesma disposição de antes para manter a proposta engavetada.

Pressão dos dois lados

De um lado, a oposição quer aproveitar o momento de fragilidade política do presidente da Câmara. Do outro, os governistas devem argumentar que a proposição seria mal recebida pela sociedade e contém pontos considerados inconstitucionais, que poderiam ser facilmente derrubados pelo Supremo Tribunal Federal.

Os parlamentares da base aliada de Lula alertam que, caso o projeto seja pautado, sofreria rápida rejeição tanto pela população quanto pelo Poder Judiciário, representando um revés político desnecessário.

Consequências imediatas

A prisão de Bolsonaro criou um novo cenário político no Congresso Nacional, com reflexos imediatos nas relações entre o Executivo e o Legislativo. A reunião de líderes desta terça-feira será o primeiro teste prático de como as forças políticas se reorganizam após esse evento marcante.

Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, se encontra em uma posição delicada, precisando equilibrar as demandas da oposição bolsonarista com as pressões do governo federal. O resultado desse embate pode definir os rumos da agenda legislativa nas próximas semanas.