O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, tornou-se motivo de piada entre parlamentares da base governista e da oposição após anunciar rompimentos públicos com as lideranças do PT e do PL. A situação expõe a fragilidade do paraibano no comando da Casa.
Rompimentos que isolam
A decisão de Hugo Motta de romper simultaneamente com Lindbergh Farias, líder do PT, e com Sóstenes Cavalcante, líder do PL, gerou perplexidade nos corredores do Congresso. Parlamentares de ambos os partidos avaliam que a atitude "apequena" o presidente da Câmara e revela sua dificuldade em manter o diálogo necessário para governar a Casa.
"Onde já se viu um presidente da Casa romper com lideranças partidárias? Motta precisa deles para ter interlocução com as bancadas", questionou uma deputada do PL em tom de provocação. O episódio ocorreu nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, e rapidamente se espalhou pelos bastidores políticos.
Promessas irreconciliáveis
Analistas políticos apontam que o atual desgaste de Hugo Motta tem raízes em sua campanha para a presidência da Câmara. Na época, o deputado paraibano fez promessas irreconciliáveis sobre anistia tanto para o PT quanto para o PL, criando uma situação insustentável que agora cobra seu preço.
Enquanto isso, o PT se reuniu nesta terça-feira para avaliar o clima na Casa e definir as prioridades da legenda. Entre os petistas, predomina a visão de que o movimento de Motta reflete imaturidade política, mas acreditam que as pontes ainda podem ser reconstruídas através do diálogo.
Fragilidade exposta
Apesar de estarem em lados opostos do espectro político, deputados do PT e do PL concordam que os rompimentos públicos prejudicam a imagem de Hugo Motta como presidente da Câmara. A falta de habilidade política para administrar conflitos e manter canais de comunicação abertos preocupa observadores do cenário político.
O episódio representa o momento mais delicado da gestão Motta até o momento e levanta questões sobre sua capacidade de conduzir os trabalhos legislativos de forma eficiente. O fardo das promessas contraditórias nunca pesou tanto sobre o deputado paraibano como agora.