O ex-presidente da Petrobras e ex-senador pelo Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates, anunciou nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores após 12 anos de filiação. O político citou intrigas palacianas e falta de espaço eleitoral como motivos para a decisão.
As razões da saída do PT
Em anúncio formal, Prates explicou que sua saída foi provocada por intrigas palacianas e desinformações deliberadamente plantadas. Ele destacou a ausência de manifestação pública do partido na época dos acontecimentos que levaram à sua saída da presidência da Petrobras.
O ex-senador afirmou que as conversas recentes sobre os planos políticos do PT no Rio Grande do Norte para 2026 consolidaram sua percepção de que seu espaço de contribuição dentro do partido estava reduzido. Apesar disso, manteve tom respeitoso em relação à legenda.
Planos eleitorais para 2026
Prates revelou que desejava disputar a eleição para o Senado Federal em 2026, algo que já havia aberto mão em 2022, a pedido do PT. Na época, ele aceitou o cargo de presidente da Petrobras, seguindo a prática comum do governo Lula de oferecer cargos a aliados que abrem mão de disputas eleitorais por causa de acordos políticos locais.
O político potiguar disse ter mantido diálogo direto e respeitoso com a governadora Fátima Bezerra, onde reafirmou sua disposição de integrar a chapa majoritária governista ao Senado Federal em 2026, em posição ainda a ser definida.
Novo destino político
O ex-presidente da Petrobras confirmou que vai se filiar a outro partido progressista de esquerda, ainda não revelado publicamente, para disputar as eleições de 2026. Ele prometeu permanecer no campo progressista, em uma legenda com tradição equivalente de luta por justiça social, dignidade e soberania nacional.
Prates afirmou que seu objetivo é contribuir para a construção de uma esquerda moderna, transparente e popular, capaz de dialogar com as novas gerações e os desafios contemporâneos.
Em seu anúncio de desfiliação, o ex-senador fez questão de elogiar colegas de partido, citando diretamente Lula, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante, Henrique Fontana, José Dirceu e Edinho Silva. Ele enfatizou que não guarda mágoas do PT e relembrou sua trajetória na legenda desde 2013, quando se filiou.