CPI da Saúde em Sorocaba tem reunião suspensa e gera impasse entre vereadores
CPI da Saúde tem impasse na Câmara de Sorocaba

A segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Câmara de Vereadores de Sorocaba enfrentou um impasse significativo nesta quinta-feira (27), chegando a ficar suspensa por quase meia hora e correndo risco de cancelamento.

CPI investiga contratos da prefeitura

A CPI foi criada com o objetivo principal de apurar contratos da Prefeitura de Sorocaba que são investigados pela Operação Copia e Cola da Polícia Federal. O contexto da investigação ganhou novos contornos após o afastamento do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) por 180 dias e a prisão de duas pessoas na segunda fase da operação policial.

O colegiado é presidido pelo vereador Cláudio Sorocaba (PSD), enquanto Cristiano Passos (Republicanos) assumiu a função de relator. Ambos os parlamentares integram a base de apoio do prefeito afastado, fato que gera expectativas sobre o andamento dos trabalhos.

Confusão na convocação dos vereadores

O impasse desta quinta-feira começou com a revelação de que muitos vereadores não foram formalmente convocados para a CPI. De acordo com depoimentos à TV TEM, os parlamentares receberam apenas um aviso sobre uma sessão extraordinária, marcada de forma inesperada.

A indefinição sobre a realização da CPI movimentou os corredores da Câmara e grupos de WhatsApp de vereadores ainda nas primeiras horas da manhã. A Secretaria de Comunicação informou que a sessão extraordinária havia sido cancelada no último dia 25, mas nenhum parlamentar confirmou ter recebido esta informação.

Os vereadores discutiram o impasse em um grupo exclusivo de WhatsApp, onde decidiram revogar a sessão extraordinária e confirmar a reunião da CPI para ocorrer após a sessão ordinária.

Andamento dos trabalhos e obstáculos

Com a situação normalizada, o presidente da CPI, vereador Claudio Sorocaba, confirmou a realização da reunião. Ele informou que serão analisados apenas os requerimentos já apresentados, uma vez que a Prefeitura não enviou os documentos solicitados pela Câmara dentro do prazo de sete dias estabelecido.

Outro revés enfrentado pela comissão foi a negativa de acesso ao inquérito da Polícia Federal. O processo corre em segredo de Justiça, o que impede que os parlamentares tenham acesso às informações investigadas pela PF.

A expectativa agora é que a CPI consiga avançar nas investigações sobre os contratos da saúde pública de Sorocaba, mesmo com os obstáculos burocráticos e políticos que já se apresentam nos primeiros dias de trabalho.