Imagine uma criança de cinco anos que, enquanto outras brincam com carrinhos ou bonecas, dedica seu tempo a resolver equações matemáticas complexas e conversar fluentemente em quatro idiomas diferentes. Pois é exatamente isso que Miguel, um pequeno morador de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, vem fazendo — e deixando todos de queixo caído.
O menino possui um QI de 137, colocando-o na categoria de superdotação. Mas os números, convenhamos, não contam nem metade da história.
Uma mente que não para
A mãe, Elaine Cristina, conta que percebeu algo diferente quando Miguel tinha apenas dois anos. "Ele começou a ler sozinho, sem que ninguém ensinasse. Um dia apontou para uma placa na rua e leu perfeitamente. Ficamos sem reação", relembra, ainda surpresa.
De lá para cá, as habilidades só aumentaram. O garoto domina inglês, espanhol, francês e alemão — e não apenas palavras soltas, mas conversas inteiras. É como se seu cérebro fosse uma esponja para línguas.
Matemática? Pura diversão
Enquanto muitas crianças fogem dos números, Miguel encontra neles sua maior diversão. Resolve problemas matemáticos que desafariam alunos bem mais velhos. Multiplicação, divisão, frações — tudo parece brincadeira para ele.
"Às vezes ele me pergunta se quero brincar de matemática", conta a mãe, entre risos e certo espanto. "Para mim, matemática sempre foi um pesadelo, mas para ele é como jogar videogame."
O desafio da educação diferenciada
A família agora busca orientação especializada. Crianças com altas habilidades precisam de estímulos específicos para desenvolver todo seu potencial — e evitar o tédio na escola regular.
Especialistas explicam que, sem o acompanhamento adequado, esses pequenos gênios podem até perder o interesse pelos estudos. Uma tragédia, considerando o talento que possuem.
Miguel já está sendo avaliado por psicólogos e educadores. O objetivo é criar um plano de ensino que desafie sua mente extraordinária sem pressionar demais uma criança que, no fundo, ainda quer brincar e ser feliz.
Afinal, como qualquer outro menino de cinco anos, ele também adora desenhos animados e correr pelo quintal. O desafio é equilibrar genialidade com infância — dois mundos que, no caso de Miguel, coexistem de forma extraordinária.
