Polarização no Brasil atinge nível recorde: 76% se identificam como petistas ou bolsonaristas, revela Datafolha
Polarização atinge 76% do eleitorado, mostra Datafolha

O Brasil parece ter virado um tabuleiro de xadrez onde só existem duas cores. Segundo o último levantamento do Datafolha — aquele que sempre dá o que falar —, 76% dos eleitores se encaixam hoje no perfil petista ou bolsonarista. Não é brincadeira: a polarização virou um abismo que engole qualquer nuance política.

Detalhe curioso? A pesquisa mostra que o núcleo duro de cada lado — os que se declaram "muito próximos" de Lula ou Bolsonaro — representa 28% do eleitorado. Um número que, convenhamos, não é nada desprezível quando se pensa em 2024.

Os números que explicam (quase) tudo

Olha só como ficou o bolo eleitoral:

  • Petistas convictos: 14% se dizem "muito próximos" do PT
  • Bolsonaristas de carteirinha: outros 14% juram lealdade ao ex-presidente
  • Simpatizantes moderados: 22% se identificam com Lula, mas sem fanatismo
  • Apoiadores de Bolsonaro: 26% curtem o cara, mas não colocariam a mão no fogo

O resto? Bem, esses 24% são o que sobrou do centro — uma espécie de terra de ninguém onde os partidos médios tentam pescar votos.

E o meio do caminho? Sumiu!

Quem lembra dos tempos em que o "centrão" era relevante? Pois é. A pesquisa escancara o que todo mundo já sentia na pele: o espaço para posições intermediárias está encolhendo mais rápido que camiseta no sol. E olha que o Datafolha ainda considerou "indecisos" nessa conta — imagina sem eles!

"É como se o país tivesse escolhido times de futebol para torcer na política", comenta um analista que prefere não se identificar. Difícil discordar, não?

Para piorar (ou melhorar, depende do lado), a pesquisa mostrou que:

  1. A rejeição mútua entre os extremos bate recordes históricos
  2. Os eleitores estão cada vez menos dispostos a "emprestar" votos
  3. O discurso moderado simplesmente não ecoa como antes

E aí, será que temos espaço para um terceiro caminho? A julgar pelos números, parece que não — pelo menos não por enquanto. O que você acha? O Brasil vai continuar nesse cabo de guerra ou ainda há esperança para o diálogo?