Portas Abertas no Peru: Empresas da Amazônia Ocidental Conquistam Novo Mercado Internacional
Empresas da Amazônia ganham mercado no Peru

Parece que o mapa comercial da América do Sul está sendo redesenhado — e dessa vez a tinta é verde-amarela. Empresas dos estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia acabam de ganhar um passaporte direto para o mercado peruano, e olha, a coisa está bem séria.

O Sebrae, sempre com seu faro para oportunidades, organizou uma participação especial na Expo Amazónica 2025 em Iquitos. Não foi aquela presença tímida, não. Eles montaram um estande coletivo que funcionou como uma verdadeira vitrine — ou melhor, uma passarela — para produtos brasileiros.

O Que Realmente Está em Jogo

Pense bem: estamos falando de negócios que normalmente batalham no mercado local agora tendo a chance de respirar ar internacional. A feira em Iquitos não é qualquer uma — é o maior evento de comércio, turismo e produção da Amazônia peruana. Basicamente, o lugar perfeito para fazer barulho.

E olha só quem estava lá:

  • Do Acre: Saboaria Rosa Branca, Bio Óleos da Amazônia e Flor de Jambo
  • De Mato Grosso: Açaí Mato Grosso (que, convenhamos, tem um nome que não deixa dúvidas)
  • De Rondônia: Café Apogê e Castanhas do Brasil

Uma mistura e tanto, não? De cosméticos a alimentos, cada um com sua especialidade.

Mais do que Vendas Imediatas

Aqui vai o pulo do gato — e isso é importante. O objetivo imediato nem era vender tudo estocadinho num piscar de olhos. A estratégia era bem mais esperta: construir relacionamentos. Criar pontes. Estabelecer contatos que rendam frutos no longo prazo.

"A gente veio com expectativa de fechar negócio, mas principalmente de fazer network", confessou uma das empresárias. Soa honesto, não?

E parece que o tiro saiu pela culatra — no bom sentido. Os produtos brasileiros causaram tanto furor que alguns empreendedores já estão com a agenda cheia de reuniões pós-feira. Coisa de gente grande.

O Que Isso Significa na Prática

Vamos descer do blá-blá-blá corporativo e falar a língua do povo:

  1. Empresas que mal saíram do quintal local agora estão pensando em logística internacional
  2. Produtos que eram conhecidos apenas regionalmente ganham status de "exportação"
  3. O preço desses produtos — que antes era ditado pelo mercado local — agora pode ser repensado com base no valor internacional

Não é pouco, convenhamos.

O gerente do Sebrae no Acre resumiu bem: "A Expo Amazónica é uma janela de oportunidades única". E pelo visto, essa janela não só está aberta como tem gente passando por ela.

O mais interessante? Isso não é um caso isolado. Faz parte de um projeto maior do Sebrae chamado Internacionaliza MX, que basicamente pega pequenos negócios pela mão e os apresenta ao mundo. Literalmente.

Enquanto isso, nos bastidores, os empresários já estão fazendo as contas: "Será que compensa produzir em maior escala? Precisamos ajustar as embalagens? E a logística?". Perguntas que, até pouco tempo atrás, nem passavam pela cabeça deles.

Parece que o mapa comercial realmente está mudando — e dessa vez, a mudança começa na Amazônia.