São Paulo dispara no topo: quase 7 mil mudanças de nome desde 2022 — entenda o fenômeno
SP: 7 mil mudanças de nome desde nova lei federal

Parece que São Paulo resolveu reinventar sua população — e não estamos falando só de novos moradores. Desde 2022, quando uma lei federal abriu as portas para alterações mais simples em documentos, os cartórios paulistas viraram ponto de peregrinação. Nada menos que 6.985 pessoas decidiram raspar o passado e adotar novos nomes. Um verdadeiro boom identitário!

Números que impressionam

Enquanto o Brasil todo se mexe devagar, São Paulo sai na frente como um foguete. Os dados mostram que o estado concentra sozinho quase um terço de todas as alterações do país. Para você ter ideia, Minas Gerais — o segundo colocado — não chega nem à metade desse volume. Algo na terra da garoa está fazendo as pessoas repensarem quem são.

Mais que uma questão trans

Se você pensou que o movimento vinha só da comunidade LGBTQIA+, prepare-se para surpresas. A lei, que de fato facilitou a vida de pessoas trans, acabou revelando outras histórias. Tem desde vítimas de violência buscando recomeço até artistas adotando nomes artísticos sem burocracia. Até casos curiosos: um senhor de 78 anos que finalmente oficializou o apelido que carregava desde criança.

"É como se tivéssemos descoberto uma necessidade que sempre existiu, mas ninguém percebia", comenta um cartorário de plantão, entre um registro e outro. Os balcões nunca foram tão movimentados — e os funcionários, tão especializados em histórias de vida.

O que explica o fenômeno paulista?

  • Efeito metrópole: Em São Paulo, a diversidade bate recordes — e com ela, a liberdade para ser quem quiser
  • Serviço ágil: Cartórios da capital já criaram até atendimento especializado para não formar filas quilométricas
  • Informação circulando: Quando um muda, todo o bairro fica sabendo — e aí vira efeito dominó

Psicólogos ouvidos pela reportagem apontam outro fator: depois da pandemia, muita gente resolveu "resetar" a vida. E nada como começar pelo próprio nome, não é mesmo? Seja como for, São Paulo parece ter encontrado mais uma forma de ser pioneiro — agora, na arte de renascer das próprias cinzas documentais.