Bolsa Brasileira Sente o Baque: Início do Shutdown nos EUA Derrete Índices e Gera Onda de Cautela
Shutdown nos EUA derruba Bolsa brasileira

Parece que o circo pegou fogo do outro lado da fronteira — e as faíscas já chegaram por aqui. O tal do shutdown americano, aquela paralisação do governo que tanto se fala, começou de verdade e, bom, o estrago já aparece no radar dos investidores brasileiros.

O Ibovespa, nosso principal termômetro do mercado, simplesmente capotou nesta segunda-feira. Caiu 0,89%, fechando em 112.947 pontos — números que dão frio na espinha de qualquer um que acompanhe o noticiário econômico.

Efeito Dominó: Como uma Crise Política Lá Atinge a Economia Cá

É impressionante como essas brigas políticas em Washington conseguem ecoar tão forte aqui nos trópicos. O dólar, sempre aquele personagem instável, subiu 0,65% e foi negociado a R$ 5,18. Parece pouco? Para quem tem dinheiro aplicado, é como assistir a um filme de terror em câmera lenta.

E os futuros de juros? Ah, esses nem se falam — dispararam na ponta mais longa da curva. O contrato do DI para janeiro de 2027, por exemplo, saltou de 10,13% para 10,18%. Coisa fina, não é?

Setores que Mais Sentiram o Tranco

  • Varejo: Que queda livre! Lojas Renner (-4,26%) e Via (-3,70%) lideraram o coro de lamentações
  • Mineração: Até a Vale, nossa gigante, não escapou ilesa (-1,04%)
  • Energia: Setor elétrico também amargou perdas significativas

Mas nem tudo foram lágrimas. Quem se deu bem foram as defesivas — aquelas ações que todo mundo corre para comprar quando o mundo parece desabar. Cury, construtora que anda na boca do povo, subiu impressionantes 5,88%. E os papéis do setor de saúde, como a Hypera (+1,71%), também mostraram serviço.

O Que Esperar dos Próximos Dias?

Agora é aquela espera angustiante — será que os políticos americanos vão resolver suas diferenças rapidamente? Ou vamos ficar nesse suspense por semanas? O mercado odeio vácuo, e esse shutdown chegou como um balde de água fria justamente quando a gente começava a respirar aliviado com a queda dos juros por lá.

Os analistas, esses seres sempre cautelosos, já soltaram seus alertas: a perspectiva de juros americanos mais altos por mais tempo pode ser o novo normal. E quando a Reserva Federal aperta, o mundo todo sente — nós, brasileiros, mais ainda.

Enquanto isso, por aqui, o Copom se reúne nesta terça e quarta-feira. Todo mundo espera outro corte de 0,50 ponto percentual, mas agora com um gosto mais amargo na boca. O cenário externo complicado pode fazer nossos diretores do BC pensarem duas vezes antes de afrouxar demais a rédea.

Resumindo a ópera: preparem-se para dias de montanha-russa. O shutdown americano mostrou que, num mundo globalizado, até as brigas domésticas dos outros viram problema nosso. E o mercado, esse animal sensível, já está mostrando os dentes.