
Não é todo dia que uma empresa brasileira vira notícia no mundo financeiro por bater recordes — mas a Petrobras acabou de fazer exatamente isso. Na última sexta-feira, a estatal alcançou um valor de mercado que deixou até os analistas mais experientes de queixo caído: US$ 97,8 bilhões. Sim, você leu direito. Quase cem bilhões de dólares.
Para colocar em perspectiva — porque números assim são difíceis de digerir —, isso coloca a Petrobras à frente de gigantes como o Banco Santander (US$ 65 bi) e a Vale (US$ 55 bi). Quem diria, hein? A "pequena" petrolífera brasileira dando um banho em multinacionais consolidadas.
O que explica essa disparada?
Bom, vamos por partes. Primeiro, o preço do barril de petróleo está nas alturas — e isso sempre foi música para os ouvidos da Petrobras. Mas não é só isso. A empresa vem cortando custos como um chef de cozinha afia sua faca: sem dó. E os resultados começam a aparecer.
- Reestruturação agressiva (sim, eles demitiram gente, infelizmente)
- Foco em campos ultraprofundos — aqueles que dão um trabalhão, mas valem ouro
- Venda de ativos que só davam dor de cabeça
Ah, e tem mais um detalhe que pouca gente comenta: os investidores estrangeiros estão apaixonados pela Petrobras de novo. Depois de anos de desconfiança — e quem pode culpá-los? —, o fluxo de dólares voltou com força total.
E o Brasil nessa história toda?
Pois é, aqui a coisa fica interessante. Uma Petrobras forte significa mais dividendos para o governo — e olha que a União é o maior acionista. Só em 2025, estima-se que os cofres públicos recebam algo em torno de R$ 15 bilhões. Não é pouca coisa, considerando os buracos no orçamento.
Mas calma lá, nem tudo são flores. Alguns especialistas soltaram o verbo: "Isso pode ser uma faca de dois gumes". O motivo? A alta dependência do petróleo num mundo que está tentando virar a página dos combustíveis fósseis. Será que estamos construindo um castelo de areia?
Enquanto isso, nas mesas de negociação, o clima é de festa. Os acionistas comuns — aqueles que seguraram a onda nos tempos difíceis — estão comemorando como torcedores no Maracanã em final de campeonato. Quem diria que, depois de tantos escândalos e crises, a Petrobras voltaria a ser a menina dos olhos do mercado?