Juros Devoram R$ 74 Bi em um Mês: A Conta que Não Para de Crescer no Brasil
Juros devoram R$ 74 bi em agosto: dívida chega a R$ 8 tri

Parece filme de terror, mas é a nossa realidade. Só em agosto, o Brasil pagou a bagatela de R$ 74 bilhões em juros da dívida pública. Uma cifra que daria para construir uns bons hospitais, escolas, ou quem sabe até melhorar aquela estrada esburacada que você pega todo dia.

O montante é simplesmente estratosférico. Para colocar em perspectiva — se você gastasse um milhão por dia desde o descobrimento do Brasil, ainda não teria chegado perto desse valor. É dinheiro que some sem deixar rastro, sem melhorar um único serviço público.

O rombo que não para de crescer

A dívida pública brasileira, aquela conta que parece só aumentar, já alcançou a marca histórica de R$ 8 trilhões. Sim, trilhões — com T mesmo. Um número tão grande que a maioria de nós nem consegue visualizar direito.

O que mais assusta é a velocidade. Em apenas doze meses, os juros acumulados somaram R$ 695 bilhões. Quase setecentos bilhões! Dá para imaginar o que daria para fazer com tanto dinheiro? Educação, saúde, infraestrutura... mas não, vai tudo para o ralo dos juros.

Como chegamos nessa enrascada?

O problema é crônico, vem de longa data. O governo gasta mais do que arrecada, ano após ano, e a conta vai ficando cada vez mais salgada. É como uma família que gasta todo o salário no cartão de crédito e depois se assusta com a fatura.

E olha que tem um detalhe importante: desses R$ 74 bilhões de agosto, a maior parte (R$ 67,7 bi) foi em juros nominais, aquele valor básico que cresce mesmo quando a inflação está controlada. Os outros R$ 6,3 bilhões vieram da correção monetária, que acompanha a inflação.

E o futuro? Não é muito animador

Os especialistas — aqueles que estudam números o dia todo — alertam: a situação pode piorar antes de melhorar. Com a Selic ainda em patamares elevados, a pressão sobre as contas públicas continua forte.

É uma espiral perigosa: quanto mais a dívida cresce, mais juros pagamos. E quanto mais juros pagamos, menos sobra para investimentos que poderiam fazer a economia crescer e, ironicamente, reduzir a necessidade de endividamento.

Enquanto isso, você, eu, e todo mundo que paga impostos continuamos bancando essa festa. O pior? Sem nem ver onde esse dinheiro todo está sendo aplicado de fato.

Restam poucas dúvidas: ou o país encontra um jeito de equilibrar suas contas, ou vamos continuar nesse ciclo vicioso — trabalhando cada vez mais para pagar juros cada vez maiores.