
Parece que a matemática financeira tradicional está sendo riscada do mapa — e os números não mentem. Enquanto especialistas previram um freio de arrumação no mercado de consórcios por causa dos juros nas alturas, o que se vê é uma avalanche de contratos assinados. Só no primeiro semestre de 2025, o setor cresceu assustadores 38% comparado ao ano passado. Quem diria, hein?
O paradoxo do consumidor brasileiro
Dá pra acreditar? Com a Selic beirando os dois dígitos, o brasileiro médio — aquele que vive reclamando do preço do pãozinho — está enfiando o pé na jaca nos planos de consórcio. E não é pouco: R$ 25 bilhões em negócios fechados até julho. "É como ver gente correndo pra comprar guarda-chuva no deserto", brinca o economista Carlos Mendonça, ainda perplexo.
Os motivos? Ah, tem de tudo um pouco:
- Desespero por alternativas ao crédito tradicional (os bancos estão de gaveta fechada)
- Medo de perder o bonde da história — todo mundo conhece alguém que já entrou no esquema
- A velha e boa ilusão de que "dessa vez vai dar certo"
Setores que viraram febre
Se você pensa que é só carro zero na garagem, se enganou feio. Os destaques são surpreendentes:
1. Imóveis: Subiu 45% — parece que o sonho da casa própria virou obsessão nacional
2. Máquinas agrícolas: Crescimento de 62% no Centro-Oeste (alguém avisa que o agro não é pop, é tsunami?)
3. Motos: Esse aí ninguém explica — alta de 57% mesmo com gasolina a R$ 8
E olha que curioso: as assembleias de contemplação estão mais concorridas que show de artista global. Tem gente levando até lanche de casa pra esperar a sorte grande.
O pulo do gato (ou será rato?)
Os especialistas — aqueles que erraram feio nas previsões — agora dizem que descobriram o segredo. "É a combinação perfeita entre desespero e esperança", filosofa a analista Fernanda Lopes. Na prática? Com a inflação corroendo o salário e os bancos exigindo fiador até pra comprar chiclete, o consórcio virou o "jeitinho brasileiro" oficial de 2025.
Mas calma lá que não é tão simples. Tem um detalhe que ninguém conta direito:
- As taxas administrativas subiram disfarçadamente
- Os prazos encolheram — em alguns casos, quase pela metade
- E adivinha? Quem paga pontual leva vantagem (novidade, não?)
E você, já caiu nessa onda ou prefere ficar de fora? Seja como for, uma coisa é certa: o brasileiro não cansa de reinventar a roda — especialmente quando o bolso aperta.