BC abandona Drex, mas mantém infraestrutura para contratos inteligentes
Banco Central desiste da moeda digital brasileira Drex

O Banco Central anunciou uma mudança significativa em seu projeto de digitalização do sistema financeiro brasileiro. A instituição decidiu abandonar o desenvolvimento do Drex, que seria a moeda digital oficial do Brasil, mas manterá parte importante da infraestrutura tecnológica.

O que muda com a decisão do Banco Central

Apesar de desistir da moeda digital propriamente dita, o BC informou que continuará trabalhando na criação de uma infraestrutura que permitirá a implementação de contratos inteligentes no ambiente digital. Esses documentos automatizados possibilitarão a transferência de bens móveis e imóveis simultaneamente à liquidação de pagamentos.

A decisão foi divulgada em 10 de novembro de 2025, através do programa Conexão Record News, representando uma reorientação estratégica nos planos de digitalização do sistema financeiro nacional.

Como funcionarão os contratos inteligentes

Os chamados smart contracts representam uma evolução tecnológica que promete agilizar transações complexas. O sistema em desenvolvimento pelo Banco Central permitirá que:

  • Transferências de propriedade ocorram instantaneamente
  • Pagamentos sejam liquidados no mesmo momento da transação
  • Todo o processo seja realizado em ambiente digital seguro

Essa tecnologia elimina a necessidade de intermediários em diversas operações financeiras e jurídicas, potencialmente reduzindo custos e aumentando a eficiência do mercado.

Impacto no sistema financeiro brasileiro

A mudança de rumo no projeto Drex indica uma adaptação do Banco Central às necessidades reais do mercado. Embora a moeda digital não avance, a infraestrutura para contratos inteligentes mantém o Brasil na vanguarda da transformação digital do setor financeiro.

Especialistas apontam que a decisão pode representar um amadurecimento da estratégia do BC, focando em tecnologias com aplicação prática imediata, enquanto observa o desenvolvimento de moedas digitais em outros países.

A implementação dessa infraestrutura coloca o Brasil em posição competitiva no cenário global de inovação financeira, mesmo sem a moeda digital nacional.