As exportações brasileiras para os Estados Unidos registraram uma queda expressiva de 24,9% no período entre agosto e outubro de 2025, comparado ao mesmo intervalo do ano anterior. A informação foi divulgada no boletim Macrofiscal do Ministério da Fazenda, que analisou os efeitos das tarifas impostas pelos norte-americanos sobre produtos do Brasil.
Queda bilionária no comércio exterior
O prejuízo nas vendas para o mercado americano chegou a aproximadamente 2,5 bilhões de dólares em apenas três meses. Os dados oficiais mostram que o aumento das tarifas para produtos importados do Brasil impactou severamente cinco categorias específicas de exportação.
Segundo o relatório governamental, as maiores quedas foram registradas nos seguintes produtos:
- Petróleo bruto: redução de 30,3% (US$ 404 milhões)
- Carne bovina congelada: queda de 60,5% (US$ 165 milhões)
- Celulose de eucalipto: recuo de 33% (US$ 126 milhões)
- Ferro bruto: diminuição de 27% (US$ 119 milhões)
- Açúcar de cana refinado: queda impressionante de 91,6% (US$ 111 milhões)
Impactos setoriais das tarifas americanas
O açúcar de cana refinado foi o produto que sofreu a maior queda percentual, com uma redução superior a 90% nas vendas para os Estados Unidos. A drástica diminuição representa uma perda de 111 milhões de dólares em transações comerciais.
No caso da carne bovina congelada, a queda de 60,5% nas exportações para o mercado americano significou 165 milhões de dólares a menos em vendas para o setor pecuário brasileiro. O petróleo bruto, apesar de ter tido uma queda percentual menor (30,3%), foi o que registrou o maior prejuízo em valores absolutos, totalizando 404 milhões de dólares.
Consequências para a economia brasileira
O boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, traz as projeções do governo para os resultados da economia brasileira e inclui um balanço completo dos efeitos das tarifas cobradas pelos EUA.
As medidas tarifárias implementadas pelos Estados Unidos demonstraram ter um impacto significativo e imediato nas exportações brasileiras. Os setores de commodities e produtos básicos foram os mais afetados, com destaque para a indústria sucroalcooleira, que viu suas vendas de açúcar refinado praticamente desaparecerem no mercado americano.
Esta análise do Ministério da Fazenda serve como um importante termômetro para avaliar a saúde do comércio exterior brasileiro e os desafios que o país enfrenta no cenário internacional atual.