Mercado do Milho Encontra Equilíbrio: Pressão Interna Diminui e Preços Mostram Estabilidade
Mercado do milho encontra equilíbrio e preços estabilizam

Quem acompanha o sobe e desce dos preços do milho nos últimos tempos sabe: era uma montanha-russa de deixar qualquer produtor de cabelo em pé. Mas eis que surge um alívio no horizonte — uma trégua, digamos assim.

Pois é. Depois de uma pressão danada nas últimas semanas, principalmente por conta de uma oferta mais folgada lá dentro das porteiras, os valores começaram a dar uma segurada. Aquele frenesi de venda, aquele pânico de liquidar estoque… parece que deu uma acalmada. E olha, não é pouco não.

O que tá segurando o preço? A gente pode culpar — ou agradecer — a uma combinação de fatores. Primeiro: a safrinha, aquela segunda safra, chegou com tudo em várias regiões. E chegou pesada. Isso inundou o mercado interno, é claro. Quando tem muito de um produto, o preço tende a murchar. Lógica pura, né?

Mas não é só isso. O dólar também deu uma maneirada. E todo mundo sabe: quando o dólar para de cavalgar, a pressão sobre as exportações e os preços internos muda de figura. Fica menos urgente embarcar tudo para fora na esperança de ganhar em moeda forte.

E os produtores? Como ficam?

Bom, para quem plantou e colheu, a história é outra. Muitos seguraram o produto esperando um momento melhor — e agora, com essa estabilização, talvez seja a hora de respirar e fazer as contas de novo. Aquele desespero de vender a qualquer custo? Deu uma arrefecida. A negociação, pelo menos, não está mais tão a favor do comprador.

Não vou dizer que virou um mar de rosas, longe disso. O mercado é vivo, muda que nem o tempo. Mas a volatilidade extrema — aquela que ninguém aguenta — deu uma trégua. E no agronegócio, às vezes, uma trégua é tudo que a gente precisa.

E o futuro? Bem, ninguém tem bola de cristal. Mas os analistas — esses caras que vivem de decifrar planilha — estão um pouquinho mais otimistas. Acreditam que, com a pressão de venda reduzida, os preços podem até encontrar um patamar mais confortável nas próximas semanas. Desde que, é claro, não surja nenhum terremoto imprevisto.

Para o consumidor final, isso pode significar um alívio indireto. Afinal, milho é base de ração, e ração influencia o preço da carne, do frango, do ovo… é uma cadeia longa. Qualquer estabilidade no início dela é bem-vinda.

Então é isso. O milho brasileiro parece ter encontrado, pelo menos por enquanto, um porto seguro. Vamos torcer para que a maré continue favorável.