Quem diria, não é mesmo? Enquanto todo mundo falava que o agronegócio brasileiro ia sofrer com as tarifas impostas por Donald Trump, o setor carneiro de Mato Grosso deu uma verdadeira aula de resiliência. E olha que a jogada foi das boas!
Os números são simplesmente impressionantes — e eu não tô exagerando nem um pouquinho. As exportações de carne bovina de MT para a Argentina cresceram nada menos que 1.284% em setembro, comparado com o mesmo período do ano passado. Sim, você leu certo: mais de mil por cento! Já para o Uruguai, o aumento foi de 1.048%. Coisa de louco, né?
Uma janela que se abre
Parece aquela história de que quando uma porta se fecha, uma janela se abre. Só que no caso, a janela virou praticamente um portão. As medidas do governo Trump — que muita gente chamou de "tarifaço" — acabaram redirecionando o fluxo comercial de uma forma que ninguém esperava.
"A gente sempre buscou diversificar nossos mercados, mas essa guinada foi além do que imaginávamos", comenta um pecuarista que prefere não se identificar. "De repente, os argentinos e uruguaios apareceram com uma demanda que a gente não via há tempos."
Os números que impressionam
Vamos aos detalhes, porque eles contam uma história fascinante:
- Argentina: saltou de meros US$ 67,8 mil em setembro de 2024 para US$ 938,9 mil em setembro de 2025
- Uruguai: foi de US$ 32,5 mil para US$ 373 mil no mesmo período
- Setembro foi o mês: o ápice desse movimento surpreendente
E olha que interessante: enquanto isso acontecia, as exportações totais de carne bovina de Mato Grosso até caíram 8,4% no acumulado do ano. Ou seja, os mercados tradicionais sentiram o baque, mas os vizinhos sul-americanos apareceram como verdadeiros heróis inesperados.
Por que isso aconteceu?
Aí é que está o pulo do gato. Especialistas do setor explicam que as tarifas americanas criaram um efeito dominó bem peculiar. Com a carne brasileira enfrentando barreiras nos EUA, outros países — incluindo a China — começaram a buscar fornecedores alternativos. E adivinha quem estava na fila? Exatamente: Argentina e Uruguai.
"É como se o xadrez comercial tivesse sido sacudido", analisa um economista que acompanha o setor. "Os movimentos de Trump reorganizaram todo o tabuleiro, e o Brasil soube se reposicionar com agilidade."
Não é maravilhoso como o mercado encontra seus caminhos? Às vezes as soluções aparecem de onde menos esperamos.
O que esperar do futuro?
Bom, ninguém tem bola de cristal, é claro. Mas o fato é que Mato Grosso mostrou que tem flexibilidade para se adaptar às mudanças no cenário internacional. E isso, convenhamos, vale ouro em tempos de instabilidade.
O estado segue firme como o segundo maior exportador de carne bovina do Brasil — só perde para São Paulo, mas olha, a diferença não é das maiores. Em valores, foram US$ 213,7 milhões no acumulado de janeiro a setembro.
Resta saber se essa nova rota comercial vai se consolidar ou se foi apenas um respiro momentâneo. Uma coisa é certa: o agronegócio mato-grossense provou que sabe dançar mesmo quando o chão balança.
E aí, você imaginaria que as medidas de Trump acabariam beneficiando justamente o comércio com nossos vizinhos? Pois é, as vezes a vida prega essas peças — e o mercado, bem, o mercado sempre encontra seu jeito.
