Tarifaço ameaça exportações de rochas brasileiras e deixa setor da construção em alerta
Tarifaço ameaça exportações de rochas brasileiras

O setor de rochas ornamentais no Brasil está com os nervos à flor da pele. E não é pra menos — o tal do "tarifaço" ameaça colocar um freio nas exportações que, até então, vinham dando um fôlego danado à economia nacional. Quem trabalha no ramo já sente o caldo engrossar.

Imagine só: você monta toda uma estratégia comercial, investe em maquinário de ponta, contrata mão de obra especializada e, do nada, surge uma barreira que pode te deixar fora do jogo. É mais ou menos isso que está rolando com as empresas brasileiras que dependem do mercado externo.

O que está pegando?

Os números não mentem — e são alarmantes. Só no primeiro semestre deste ano, as exportações de rochas ornamentais renderam uma grana preta para o país. Mas agora, com a ameaça de aumento nas taxas de exportação, muita gente está recalculando a rota.

"É como se alguém tivesse mudado as regras do jogo no meio da partida", reclama um empresário do setor que preferiu não se identificar. Ele não está sozinho nessa. Vários outros donos de pedreiras e marmorarias estão com o pé atrás.

Efeito dominó na construção civil

O problema é que isso não afeta só quem extrai e vende as pedras. Quem trabalha com construção civil também está de olho no desenrolar dessa história. Afinal, material de qualidade não falta — o que pode faltar é competitividade no preço final.

  • Marmorarias já estudam alternativas para não repassar o aumento aos clientes
  • Obras em andamento podem sofrer atrasos caso haja desabastecimento
  • Projetos arquitetônicos de alto padrão podem ter que rever especificações

Não é exagero dizer que o setor inteiro está segurando a respiração. E olha que a gente nem chegou no pior cenário ainda...

O outro lado da moeda

Claro que tem quem defenda a medida. Alguns economistas argumentam que o aumento das taxas poderia incentivar o processamento interno das rochas, agregando valor antes da exportação. Mas será que o timing é esse?

"A gente até entende a lógica, mas agora?", questiona uma exportadora de Minas Gerais. "Depois de tanto investir em equipamentos e qualificação, parece um tiro no pé."

Enquanto o debate esquenta em Brasília, nas pedreiras e marmorarias o clima é de "esperar pra ver". Mas uma coisa é certa: ninguém quer ficar no prejuízo. O jeito vai ser dar um jeito — como sempre.