
Não é de hoje que a questão salarial vem tirando o sono de muitos servidores públicos. E nesta quarta-feira, a capital mato-grossense foi palco de um movimento que, convenhamos, já deveria ter acontecido há tempos.
Diante do prédio do Ministério Público do Trabalho em Cuiabá, um grupo determinado — e francamente cansado de esperar — fez ouvir sua voz. Servidores do MPT e do MPF, gente que trabalha duro no dia a dia, resolveram botar a boca no trombone.
O que está em jogo?
A reivindicação é clara como água: querem receber o mesmo que os funcionários do Poder Judiciário. Simples assim. Ou melhor, nem tão simples, porque essa luta já rola há anos.
O pessoal do Ministério Público da União — que inclui tanto o Trabalho quanto o Federal — trabalha lado a lado com o Judiciário, muitas vezes nas mesmas causas, com a mesma complexidade. Mas quando o holerite chega... a história é outra.
Um protesto que ecoa além de Cuiabá
O que começou em Mato Grosso rapidamente ganhou contornos nacionais. Enquanto os servidores se reuniam aqui, outras unidades pelo Brasil faziam o mesmo movimento. Parece que o copo transbordou de vez.
E não foi um protesto qualquer. Cartazes, palavras de ordem, muita conversa entre colegas que compartilham a mesma indignação. O clima? De quem sabe que está com a razão, mas cansou de esperar por justiça.
A diferença salarial não é pouca coisa — estamos falando de valores que fazem falta no final do mês, que poderiam melhorar a qualidade de vida de famílias inteiras.
Por que agora?
Boa pergunta. Talvez porque a paciência tenha limites. Ou porque, em tempos de tantas incertezas, garantir o próprio sustento virou prioridade máxima.
Os servidores argumentam — e com certa razão — que exercem funções tão complexas quanto as do Judiciário. Investigam, processam, acompanham casos delicados. Trabalho que exige qualificação, dedicação, e que merece reconhecimento financeiro adequado.
E olha, não é como se estivessem pedindo aumento. Estão pedindo igualdade. Diferença sutil, mas importante.
O que esperar dos próximos capítulos?
O movimento em Cuiabá foi apenas o começo. A sensação que fica é de que essa onda não vai parar tão cedo. Os servidores prometem continuar pressionando, e quem sabe até intensificar as mobilizações.
Enquanto isso, nas repartições, o trabalho continua. Porque no final das contas, é o serviço público que não pode parar — mesmo quando quem o executa sente que não está sendo valorizado como deveria.
Resta saber se os ouvidos do poder estarão abertos para escutar esse apelo. Porque uma coisa é certa: quando a causa é justa, a persistência costuma vencer.