O Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (5 de dezembro de 2025), um projeto de lei que cria uma nova vantagem financeira para os funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU). A medida institui uma licença compensatória que, segundo o texto aprovado, não está sujeita ao teto constitucional de remuneração, atualmente fixado em R$ 46.366,19.
O que muda com a nova lei
A aprovação do Projeto de Lei (PL) pelo Senado representa um passo decisivo para a criação de um novo direito para os servidores do órgão de controle. A licença compensatória, conforme aprovada, é caracterizada como uma vantagem pecuniária, mas sua natureza a coloca fora do limite máximo de vencimentos estabelecido pela Constituição Federal.
Isso significa que o valor correspondente a esse benefício poderá ser acrescido à remuneração dos servidores do TCU sem que o total ultrapasse o teto constitucional apenas em sua parte principal. A sessão que aprovou a matéria ocorreu na tarde desta quinta-feira, com a atualização da informação às 14h54.
Contexto e próximos passos
A proposta, identificada como R705/12/2025, segue agora para a sanção presidencial. Uma vez sancionada e publicada, a lei entrará em vigor, modificando o regime de vantagens dos servidores do Tribunal de Contas da União. O TCU é um órgão fundamental no sistema de controle externo das contas públicas brasileiras, e a medida afeta diretamente seu quadro funcional.
O debate sobre o teto constitucional e as diversas formas de remuneração no serviço público é recorrente. A aprovação deste PL específico para o TCU reacende a discussão sobre a isonomia entre os poderes e a interpretação do limite salarial.
Impacto e repercussões esperadas
A criação desta licença compensatória fora do teto deve gerar significativo impacto financeiro para os servidores beneficiados. Especialistas em direito administrativo e constitucional devem analisar os desdobramentos da medida, principalmente no que tange a possíveis questionamentos sobre sua conformidade com o princípio da simetria constitucional.
A decisão do Senado ocorre em um contexto de revisão de benefícios no setor público e pode influenciar discussões semelhantes em outros tribunais e órgãos. A matéria foi aprovada em um dia marcado por outras notícias políticas relevantes, como o balanço das ações do governo em 2025 e audiências na Câmara dos Deputados.
O foco agora se volta para o Palácio do Planalto, que decidirá pela sanção ou veto ao projeto, definindo o futuro desta nova vantagem para os servidores do Tribunal de Contas da União.