
Não foi uma visita qualquer. Longe dos holofotes de Brasília, uma tropa de peso do governo federal desembarcou em solo santista para botar os olhos no que realmente importa: a infraestrutura que move o país. E que infraestrutura!
O Porto de Santos, aquele gigante adormecido à beira-mar, recebeu a comitiva ministerial para uma verdadeira imersão. A agenda? Bem mais que um simples aperto de mãos e sorrisos para as câmeras. Era sobre ver, tocar e entender os gargalos e, o mais importante, as soluções que estão tomando forma.
O Túnel: Mais que uma Obra, uma Revolução sob a Água
O ponto alto do dia – e olha que a barra estava alta – foi a ida até a área onde a mágica, ou melhor, a engenharia de ponta, está acontecendo: as obras do Túnel Santos-Guarujá. Imagina só cavar um caminho por baixo de um canal de água salgada? Parece coisa de filme, mas é pura realidade.
Os ministros, de capacete na cabeça e muita expectativa, foram ver de perto onde as máquinas estão perfurando a terra para criar essa passagem histórica. A promessa é ambiciosa: acabar com aquele sufoco diário da balsa, dando uma alternativa rápida, moderna e segura para cruzar para o outro lado. É conectar não apenas duas cidades, mas duas realidades econômicas e sociais.
E não pense que foi só um passeio. A coisa foi técnica, séria. Trocaram ideia com quem está na linha de frente, ouviram os engenheiros, sentiram na pele (e no ouvido, com o barulho das máquinas) a complexidade do projeto. É aquela coisa: para governar bem, tem que calçar a bota e pisar no canteiro de obras.
O Porto: O Coração que não Pode Parar
Mas a visita não parou por aí. A comitiva também percorreu as instalações do porto, o verdadeiro coração econômico dali. Entender a dinâmica, os fluxos, os desafios logísticos de escoar a produção de um país continental. É logística pura, na veia.
Essa aproximação do governo federal com uma das joias da coroa da infraestrutura nacional é, sem dúvida, um sinal forte. Sinal de que os projetos saíram do papel e estão ganhando forma, aço e concreto. E que alguém lá no topo está de olho.
O que fica claro é que a Baixada Santista está, literalmente, no mapa das prioridades. E dias como esse mostram que, mais do que discursos, é no chão de fábrica – ou no cais do porto – que as grandes transformações começam.