
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechou o mês de maio com um déficit primário de R$ 406 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira. O valor representa uma piora significativa em relação ao mesmo período do ano passado e acende um alerta sobre a saúde fiscal do país.
O que explica o rombo?
O resultado negativo foi influenciado por dois fatores principais:
- Queda na arrecadação: A receita do governo ficou abaixo do esperado, refletindo a desaceleração econômica e possíveis efeitos de medidas tributárias recentes.
- Aumento de gastos: As despesas, principalmente com Previdência Social e programas sociais, continuam em trajetória de alta, pressionando o orçamento.
Impactos para a economia
O déficit recorde traz preocupações para o cenário macroeconômico:
- Pressão sobre a dívida pública: O endividamento do governo tende a aumentar, elevando os juros e reduzindo o espaço para investimentos.
- Risco de ajuste fiscal: O cenário pode levar a novas medidas de corte de gastos ou aumento de impostos, com reflexos na atividade econômica.
- Desafio para o novo arcabouço fiscal: O resultado testa a eficácia do novo regime fiscal aprovado em 2023, que busca equilibrar as contas públicas.
Comparativo com meses anteriores
Em relação a abril, o déficit aumentou 15%, enquanto na comparação com maio de 2023, a deterioração foi de 22%. Os números reforçam a necessidade de um debate sobre a sustentabilidade das contas públicas no médio prazo.