Rombo nas contas do governo central chega a R$ 406 bilhões em maio: entenda os impactos
Déficit do governo chega a R$ 406 bi em maio

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechou o mês de maio com um déficit primário de R$ 406 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira. O valor representa uma piora significativa em relação ao mesmo período do ano passado e acende um alerta sobre a saúde fiscal do país.

O que explica o rombo?

O resultado negativo foi influenciado por dois fatores principais:

  • Queda na arrecadação: A receita do governo ficou abaixo do esperado, refletindo a desaceleração econômica e possíveis efeitos de medidas tributárias recentes.
  • Aumento de gastos: As despesas, principalmente com Previdência Social e programas sociais, continuam em trajetória de alta, pressionando o orçamento.

Impactos para a economia

O déficit recorde traz preocupações para o cenário macroeconômico:

  1. Pressão sobre a dívida pública: O endividamento do governo tende a aumentar, elevando os juros e reduzindo o espaço para investimentos.
  2. Risco de ajuste fiscal: O cenário pode levar a novas medidas de corte de gastos ou aumento de impostos, com reflexos na atividade econômica.
  3. Desafio para o novo arcabouço fiscal: O resultado testa a eficácia do novo regime fiscal aprovado em 2023, que busca equilibrar as contas públicas.

Comparativo com meses anteriores

Em relação a abril, o déficit aumentou 15%, enquanto na comparação com maio de 2023, a deterioração foi de 22%. Os números reforçam a necessidade de um debate sobre a sustentabilidade das contas públicas no médio prazo.