Suspensão temporária do abastecimento por carros-pipa
O fornecimento de água através de carros-pipa foi temporariamente interrompido nesta segunda-feira (1º) em Campina Grande e em outros 13 municípios da Paraíba. A medida afeta milhares de residentes que dependem desse serviço essencial para seu abastecimento hídrico.
Replanejamento do calendário de distribuição
De acordo com o Exército Brasileiro, responsável pela operação, a paralisação é necessária para realizar um replanejamento completo dos calendários de distribuição. O processo inclui a atualização de dados nos sistemas e a revisão da população atendida em cada localidade.
Entre as principais medidas que serão implementadas estão a contratação de pipeiros suplentes para equilibrar financeiramente as carradas e a implantação de novos pontos de abastecimento estratégicos nas comunidades afetadas.
Previsão de retorno e situação em Campina Grande
A previsão oficial é que o serviço seja restabelecido completamente até quarta-feira (3). Em Campina Grande, onde os carros-pipa atendem 64 localidades diferentes, as autoridades demonstram otimismo quanto ao breve retorno à normalidade.
Maxsuell Vasconcelos, representante da Defesa Civil municipal, garantiu que a água distribuída até sexta-feira (28) é suficiente para suprir a demanda de muitos locais por até 15 dias. "Até quarta-feira no máximo esse replanejamento estará concluído. Não precisamos nos preocupar", afirmou o especialista.
Municípios afetados pela suspensão
Além de Campina Grande, outras 13 cidades paraibanas estão incluídas na suspensão temporária:
- Água Branca
- Montadas
- Picuí
- Tenório
- Aroeiras
- Gurjão
- Parari
- Salgado de São Félix
- Sumé
- Catolé do Rocha
- Monteiro
- Pedra Lavrada
- São Bento
Como funciona a Operação Carro-Pipa
A Operação Carro-Pipa (OCP) é uma iniciativa coordenada pelo Exército Brasileiro em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Seu objetivo principal é fornecer abastecimento emergencial em municípios localizados na região do Semiárido brasileiro.
Para ter acesso ao serviço, os municípios precisam cumprir requisitos específicos: decretar situação de emergência ou calamidade pública, obter o reconhecimento federal dessa situação e acionar formalmente o serviço através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID).
Apesar da preocupação inicial da população, as autoridades garantem que a interrupção é temporária e necessária para melhorar a eficiência do serviço a longo prazo, beneficiando todas as comunidades atendidas pela operação.