
O cheiro de café fresco pairava no ar enquanto empresários, produtores rurais e autoridades se reuniam em Caxambu. Não era uma simples reunião de negócios — era o início de algo que pode transformar completamente a economia da região.
O seminário "Turismo e Cafeicultura: Fortalecendo Nossa Identidade" aconteceu nesta sexta-feira (4) e, cá entre nós, superou todas as expectativas. A energia no local era palpável, cheia daquelas conversas animadas que só acontecem quando as pessoas realmente acreditam no que estão construindo.
Mais do que grãos: a nova identidade turística
Imagine poder não apenas provar um café excepcional, mas viver toda a experiência por trás da xícara. É exatamente isso que estão planejando. A proposta vai muito além do óbvio — não se trata apenas de visitar fazendas, mas de criar memórias autênticas que os turistas levarão para casa.
O secretário municipal de Turismo, Rafael Tavares, estava visivelmente animado. "Temos um patrimônio cultural riquíssimo que merece ser compartilhado", comentou entre um café e outro. "E o melhor: isso gera renda para todo mundo — do produtor ao dono da pousada, do guia turístico ao restaurante."
Os números que impressionam
O Sul de Minas não é qualquer região quando o assunto é café. Produzimos cerca de 25% do café do estado — um negócio que movimenta milhões, mas que sempre ficou meio escondido, sabe? Como um diamante bruto esperando para ser lapidado.
E olha só que interessante: quando o turismo entra nessa equação, o valor agregado pode aumentar em até 40%. Não é pouca coisa!
Próximos passos — e eles são ambiciosos
O plano não para no seminário. Estão mapeando todas as propriedades com potencial turístico, criando roteiros temáticos e desenvolvendo até mesmo workshops sobre como receber visitantes. É um trabalho minucioso, mas necessário.
"Temos que fazer direito, com planejamento e qualidade", ressaltou um dos organizadores. "Não adianta ter pressa e fazer nas coxas — o turista de hoje é exigente e quer experiências memoráveis."
Os participantes saíram do evento com aquele brilho nos olhos que só aparece quando as ideias realmente fazem sentido. A sensação era de que, finalmente, estão conectando os pontos entre o que sempre fizeram de melhor e o que podem oferecer ao mundo.
O Sul de Minas sempre teve o café no sangue. Agora, parece que encontrou a fórmula para compartilhar essa paixão com todos — e ainda por cima, gerar desenvolvimento para a região inteira. Quem sabe daqui a alguns anos não estaremos falando da Rota do Café como um dos destinos imperdíveis do Brasil?