
Quem diria, hein? O Parque do Peão fervia numa dessas noites que a gente não esquece tão cedo. O clima era pesado, daqueles que dá até frio na espinha — e não era só por causa do vento que vinha do cerrado.
Jorge & Mateus, os gigantes do sertanejo, subiram no palco principal e botaram fogo na plateia. Foi um daqueles shows que a gente fica até rouco no dia seguinte, sem arrependimento nenhum. Eles mandaram ver nos clássicos, é claro, mas também soltaram umas novidades que já entraram direto no coração do público.
Mas a verdadeira loucura tava prestes a começar. Lá na arena, a disputa pelo título de campeão do rodeio seguia acirrada. E aí é que a coisa ficou boa de verdade.
O Azarão que Virou Lenda
Ninguém — repito, absolutamente ninguém — botava fé no Barretos 70tão. O bicho era tratado como coadjuvante, um daqueles que entram só pra fazer número. Até que, do nada, ele deu um show de garra e técnica. Os peões que o digam: montaram nele e voaram pra longe, um atrás do outro.
O público, inicialmente descrente, começou a torcer pelo underdog. E quando ele fechou a última performance com uma nota absurda, o estádio simplesmente explodiu. Gritos, chapéu pra cima, abraço de estranho — aquele tipo de momento mágico que só o rodeio sabe dar.
Um Final de Noite com Gosto de ‘Até Ano Que Vem’
Com a poeira baixa e o título decidido, veio aquele misto de alegria e saudade. O penúltimo dia da festa sempre tem isso: a animação ainda tá lá, mas já bate uma pontinha de despedida.
E agora? O último dia promete — sempre promete — mas vai ser difícil superar essa reviravolta épica. O Barretos 70tão entrou pra história, e Jorge & Mateus fizeram a trilha sonora perfeita pra essa loucura toda.
Quem perdeu, perdeu feio. Quem viu, vai contar pros netos.