Em um relato emocionante que surpreendeu fãs e críticos, o consagrado músico mineiro Lo Borges revelou os bastidores turbulentos de um de seus trabalhos mais experimentais - um álbum que quase o levou a abandonar definitivamente a carreira musical.
O processo criativo que virou um martírio
Durante as sessões de gravação do disco, Borges viveu um intenso processo de questionamento artístico. "Quando terminei as gravações, eu estava tão esgotado emocionalmente que disse: não quero ver gravadora, não quero saber de contrato, quero ir para a Bahia de carona", confessou o artista em entrevista exclusiva.
O peso da experimentação musical
O projeto representou um mergulho profundo em territórios sonoros inexplorados, afastando-se deliberadamente do estilo que consagrara o músico. Essa ousadia criativa, no entanto, cobrou seu preço:
- Crises de insegurança sobre a direção artística
 - Dúvidas sobre a recepção do público
 - Conflitos internos sobre sua identidade musical
 - O desejo de fugir completamente do ambiente musical
 
A Bahia como refúgio espiritual
O desejo imediato de viajar para a Bahia não foi por acaso. Para Borges, o estado sempre representou um santuário criativo e um local de renovação espiritual. A ideia de ir "de carona" simbolizava não apenas uma fuga, mas um retorno às origens e à simplicidade.
O renascimento após a crise
Apesar do desgaste inicial, esse período de turbulência acabou se revelando fundamental para o amadurecimento artístico de Lo Borges. O álbum que quase o fez desistir tornou-se, paradoxalmente, uma peça crucial em sua trajetória - representando sua coragem em desafiar expectativas e explorar novos caminhos musicais.
Hoje, décadas depois, o músico consegue enxergar com clareza o valor dessa experiência traumática: "Foi preciso quase perder tudo para encontrar o essencial", reflete, demonstrando como os momentos mais difíceis podem se transformar nos mais importantes de uma carreira.