
Era pra ser apenas mais uma estreia num festival. Mas Jotape – ah, Jotape – decidiu que não. O artista, que já acumula fãs fiéis desde "Tá OK" e outros hits, encarou o palco Sunset do The Town 2025 com uma missão clara: fisgar justamente quem ainda não sabia cantar suas músicas.
E olha, deu certo. E como.
Das primeiras notas até o último acorde, o cantor paulistano comandou o público com uma energia que beirava o visceral. Quem chegou cedo – e muita gente chegou – testemunhou algo especial. Não era um artista se apresentando; era alguém se entregando por completo.
Mais que uma apresentação: uma conversa íntima
"Gente, quem não me conhece, levanta a mão!" – a pergunta ecoou pelo espaço, seguida por… bem, várias mãos no ar. Longe de se intimidar, Jotape sorriu. Era exatamente ali que ele queria estar.
O que se seguiu foi uma aula de como conquistar plateias. Entre um hit e outro, ele puxava conversas descontraídas, explicava as letras como se contasse segredos, e criava uma cumplicidade rara em eventos tão grandes. Foi menos show, mais encontro entre amigos.
Repertório que une gerações
Claro, os sucessos não faltaram. "Tá OK" veio com tudo, é claro, mas as surpresas agradaram até os mais antigos. Versões repaginadas, arranjos diferentes e até uma participação especial (que não vou estragar aqui) fizeram a noite valer cada minuto.
O interessante? Muitos que vieram por outros nomes do lineup saíram falando justamente dele. Mission accomplished, como diriam.
O palco que virou principal
O Sunset Stage, normalmente um espaço para atrações em ascensão, parecia ter sido feito para Jotape naquela noite. A produção caprichada – luzes que dançavam com a música, som impecável – só amplificou a experiência.
E o público? Ah, o público… respondia a cada chamado, cantava mesmo sem saber a letra completa e, quando percebeu, já estava completamente envolvido pela magia do momento.
É isso que define um artista de verdade, não é? A capacidade de transformar espectadores em participantes ativos da sua história.
E depois do festival?
Com uma estreia dessas, fica a pergunta: o que vem por aí? Se depender da recepção do The Town, Jotape tem um caminho luminoso pela frente. E São Paulo – sempre ele – aplaude de pé mais um talento que soube usar o palco não para se exibir, mas para se conectar.
No fim das contas, festivals são assim: descobrimos pérolas onde menos esperamos. E essa, com certeza, foi uma das grandes descobertas de 2025.