
Era pra ser um momento emocionante — uma daquelas homenagens que arrepiam. Rod Stewart, lendário cantor britânico, resolveu inovar durante um show recente. Mas a jogada, em vez de unir plateias, virou um vespeiro. O motivo? Uma projeção digital de Ozzy Osbourne, criada por inteligência artificial, dividindo o palco com ele.
Nada de holograma daqueles que já vimos antes. Era algo mais… estranhamente real. Os movimentos, a voz, até aquela postura clássica do Príncipe das Trevas — tudo meticulosamente recriado por algoritmos. E aí, é claro, começou o debate: genialidade tecnológica ou falta de respeito com a lenda do metal?
Entre aplausos e vaias
O público reagiu como se estivesse num jogo de futebol — parte delirou, parte assobiou. "Parecia um videogame mal acabado", reclamou um fã nos corredores. Outros, porém, defenderam: "Se o Ozzy não pode mais subir no palco, que pelo menos sua essência esteja lá".
Rod Stewart, sempre despojado, justificou: "Quis trazer meu amigo de volta, mesmo que por pixels". Mas será que essa justificativa cola? Alguns críticos foram implacáveis:
- "Isso não é arte, é necrofilia digital" — escreveu um colunista musical
- "Cadê a linha entre homenagem e exploração?" — questionou uma fã no Twitter
- "A indústria musical está perdendo a mão com essa febre de IA" — disparou um produtor
O lado técnico da polêmica
Por trás dos holofotes, rola uma discussão técnica pesada. A tecnologia usada — que alguns chamam de "deepfake musical" — analisou centenas de horas de performances de Ozzy. Criou então um modelo que não só imita, mas prediz movimentos e expressões. Assustador? Revolucionário? Depende de quem você pergunta.
E tem mais: os direitos autorais dessa "versão digital" do artista estão numa zona cinzenta. A gravadora garante que tudo foi aprovado, mas fontes próximas à família Osbourne sussurram desconforto. "Ozzy sempre foi sobre autenticidade", lembra um ex-colaborador. "Isso é o oposto."
E agora, José?
O caso reacendeu debates antigos na indústria:
- Até onde podemos "ressuscitar" artistas?
- Quem lucra com essas reproduções digitais?
- O público realmente quer isso — ou só nos empurram goela abaixo?
Enquanto isso, Rod Stewart segue sua turnê — com ou sem polêmicas digitais. E você? Acha que essa inovação é um passo adiante ou um tropeço ético? A discussão, como dizem por aí, está só esquentando…