Cabelinho denuncia perseguição ao funk e critica prisão de MC Poze do Rodo: 'Criminalizam nossa verdade'
Cabelinho critica criminalização do funk no João Rock

O cantor Cabelinho usou o palco do João Rock 2025, em Ribeirão Preto, para criticar a perseguição ao funk e a recente prisão de MC Poze do Rodo. Em seu discurso, o artista afirmou que o gênero musical é alvo de criminalização injusta.

"Estão criminalizando a nossa verdade, a nossa arte", declarou Cabelinho, arrancando aplausos da plateia. "O funk é a voz da periferia, e tentam calar essa voz com prisões e preconceito."

Contexto da polêmica

A fala de Cabelinho ocorre dias após a detenção de MC Poze do Rodo, que foi preso sob acusações de associação ao tráfico. O caso gerou revolta entre artistas e fãs do funk, que veem a ação como mais um capítulo da estigmatização do movimento.

Repercussão no evento

Durante o show, Cabelinho também destacou a importância do funk como expressão cultural das comunidades. "Nosso ritmo movimenta a economia, gera empregos e dá visibilidade a quem sempre foi invisível", ressaltou.

O público presente no João Rock respondeu com gritos de apoio e cantou em coro trechos de músicas que falam sobre a realidade das favelas.

O debate sobre o funk

Nos últimos anos, o funk tem sido alvo de discussões acaloradas no Brasil. Enquanto alguns defendem o gênero como manifestação artística legítima, outros o associam à criminalidade.

Artistas como Cabelinho argumentam que essa visão é reducionista e ignora o papel social do ritmo. "Não podemos confundir arte com crime. Nosso trabalho é sobre resistência", finalizou o cantor.