
Quem viveu aquela época lembra como se fosse ontem. O rádio ligado na cozinha, o jornal aberto na mesa — era assim que a gente ficava sabendo das coisas. E olha, setembro de 1994 foi daqueles meses que ficaram gravados na memória coletiva da região.
Uma tragédia que chocou todo mundo: o afogamento de três jovens num rio em Pindamonhangaba. Dois irmãos e um primo, numa tarde que deveria ser de lazer e acabou em luto. As buscas duraram horas, mas o rio não devolveu as vidas tão cedo. A comunidade ficou de luto, é claro — essas coisas doem fundo numa cidade do interior.
Quando a terra tremeu — literalmente
E não foi só isso. A região toda sentiu um tremor de terra que chegou a 3.5 na escala Richter. Em Taubaté, o susto foi geral! Vidraças balançando, prateleiras tremendo... muita gente nem sabia que isso podia acontecer aqui. Os especialistas explicaram depois que foi um daqueles eventos raros, mas que mostram como a natureza sempre tem cartas na manga.
Política quente em São José dos Campos
Enquanto isso, na maior cidade da região, o clima político esquentava. Emanoel Campos, então prefeito, enfrentava uma enxurrada de críticas por causa de — adivinhem — buracos nas ruas. A oposição falava em impeachment, o que hoje parece até exagerado, mas na época era levado a sério. No fim, tudo não passou de mais um capítulo da nossa eterna briga com a infraestrutura urbana.
Falando em infraestrutura, uma boa notícia: o asfaltamento da estrada entre Redenção da Serra e Natividade da Serra. Para quem morava lá, foi uma verdadeira revolução — antes era aquela poeira no verão, lama no inverno... mudou completamente a vida dos moradores.
O lado humano das notícias
E tem aquelas histórias menores, mas que mostram o pulso da região:
- Um incêndio de médias proporções numa fábrica de Tubarão — felizmente sem vítimas, mas com prejuízos consideráveis
- A inauguração de um novo centro de saúde em Caçapava, ampliando o acesso da população aos cuidados médicos
- E até uma curiosidade: a velha discussão sobre a expansão do campus universitário em Lorena, que anos depois viria a se tornar realidade
Olhando para trás, dá para ver como cada uma dessas histórias — as trágicas, as políticas, as transformadoras — foi tecendo a identidade do Vale do Paraíba que conhecemos hoje. E pensar que na época eram só notícias do dia... quem diria que trinta anos depois a gente ainda estaria relembrando.
É isso aí — a memória jornalística é assim mesmo: guarda o que importa, mesmo quando a gente não percebe na hora.